terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

UM POETA GRAPIÚNA

A Poesia de Juarez Vicente
O Blog do Clube do Poeta Sul da Bahia publica algumas poesias do poeta Juarez Vicente de Carvalho, um dos fundadores do Clube e presidente por dois mandatos. Juarez Vicente também foi o primeiro presidente do Conselho Municipal de Cultura. Dia 30 de novembro lança mais um livro intitulado "Algumas Poesias". Vamos aguardar!
Tudo ficou no sonho, com o seu desaparecimento, mas seus amigos vão lançar este livro que não foi lançado. Aguarde! O seu amigo Riedson Trindade já está tomando as providencias, junto a Gráfica e Editora Mesquita, em Itabuna. Está completando um mês da morte do poeta, ou melhor, passamento, pois os poetas não morrem.
 
CRIANÇAS NAS GUERRAS

Agora é tarde. Eles partiram e so resta lamentar.
Os induziram a pegar nas armas e lutar por causas não justas.
Não eram as suas guerras. Foram defender ideais nefastos
E os jornais do mundo os chamam de vitimas.
Onde estavam as autoridades mundiais que nada fizeram?
ONU, OEA, Unicef, Otan...
Essas crianças não foram protegidas!
Não tiveram escolas, comidas, médicos, lazer, conselhos...
É tanto que se empolgaram com ditadores cruéis e morreram numa luta que nunca foram delas.

Essas crianças mereciam o melhor
Mas ouviram covardes sanguinários

Que queriam o poder pelo poder
Queriam sangue dos irmãos
Queriam ficar ricos com o suor dos outros
Queriam mandar na vida dos outros
E conseguiram ceifar milhares de vidas dos outros.
Agora, no poder estão felizes, ricos...
E os governantes do mundo sem senso crítico
Tergiversam demagogicamente
Lamentando por vidas que poderiam ser poupadas
Vidas que poderiam ser vividas
Com objetivos e finalidades
Mas que se perderam feridas balas e bombas
Que tiraram dessas vidas sem dó
O último suspiro levando todas as esperanças nelas contidas.


TOLERANCIA


É difícil dizer que não lembrei de vocês
Mesmo com outras responsabilidades
Observei a importância e os cuidados que merecem
Um cuidado especial que significa formação.
As pessoas muitas vezes não observam
Não enxergam quem está ao lado
Não querem disponibilizar alguns minutos
Vocês são menos importantes que segundos.
Depois vivem a lamentar
As suas atuações sempre vão criticar
Não sabem que vocês são revoltados
Que esse instinto perverso poderia ser evitado.
A vida é assim mesmo e cada um segue o seu caminho
Mas o ser humano merece e precisa de carinho
Não entendem que é bom ser ouvido
Em vez de ser coagido.

MUNDO

Choram as florestas, choram os rios
Que não mais suportam o seu triste destino
Choram todas as pessoas de bom senso
Chora o avô, chora a avó, chora a menina, chora o menino.
Choram as espécies em extinção
Por já sabem do seu destino
Serão destruídas pelos seres humanos
Com extinto de assassinos.
Em nome do desenvolvimento
Nossas árvores são cortadas
Nossas florestas derrubadas
Sem o mínimo desentendimento.
Nossos rios são poluídos
Pelas redes de esgotos
Culpa de uma política ambiental desastrosa
Culpa de imbecis e escrotos.
A poluição sonora é grande
E provoca a surdez aos poucos
Deixando muitos e muitos loucos
Querem que o progresso ande.
As indústrias jogam gases
Poluindo a nossa esfera
Poluindo rios e mares
Poluindo a atmosfera.
São gases tóxicos no ar
Poluindo a atmosfera
São gases poluindo os rios
São gases poluindo a terra.
A situação é alarmante
Necessita de cuidados
Só governantes escrotos
Que negam ajudar a natureza no acordo de Cioto.

PROBLEMAS VISÍVEIS

Infectaram o ouro da região
Provocaram o êxodo rural
Indivíduos piores que um animal
Para o bem deles provocaram o mal.


Mataram o Rio Cachoeira

Fonte de alimentos de milhares de pessoas e de sustente das lavadeiras
Homens malditos sem sensibilidade
Que só tem maldade, maldade.
A segurança está insegura
A saúde está doente
Procura – se homens decentes
Que sejam também coerentes.
A Mata Atlântica está desmatada
Nela fizeram muitas estradas
Mataram os pássaros numa atitude cretina
Na mata atearam fogo com álcool e gasolina.
Matam gente, matam os peixes
Moréia, piaba, piau e gajé
O mundo está cheio de imbecis, mafabés
Que das arvores fazem feixes.
A lei é dura para os pobres
Que não têm o que comer, não têm o que dá
A lei é fraca para os ricos
Que roubam milhões e podem presentear.
São crimes de toda natureza
Que dizimam nossas reservas naturais
Crimes que não são punidos
Pelos covardes tribunais internacionais.
Países poderosos não respeitam outros países
Não respeitam mais soberania
Não respeitam mais as raízes
Em nome da hipocrisia.
Este mundo de hipócritas
Este mundo de governantes ladrões
Mundo de assassinos
Sem basta, sem solução.
Invadem países, matam até as pessoas inocentes
Massacram até a esperança
E nada é apurado
Pelos tribunais inconseqüentes.
Manda quem tem dinheiro
Manda quem é incorreto
Manda quem nos organismos internacionais
Faz guerra e na hora da paz tem direito a veto.
Vivemos em um mundo conturbado
De um lado a pobreza e do outro os grandes cassinos
De um lado a fome do outro lado os banquetes
De um lado o pobre e do outro lado os ricos ladrões assassinos.

Juarezvicentedecarvalho.blogspot.com juviscar@gmail.com



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