O goleiro Bruno algemado deixa o Fórum de Esmeraldas, na Grande BH; atrás, o amigo Macarrão. (Foto: Alex Araújo/G1 MG))
A juíza Maria José Starling ouviu, nesta terça-feira (26), no Fórum de Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, quatro testemunhas de defesa sobre o desparecimento e morte de Eliza Samudio. Em princípio estavam previstos sete depoimentos, mas os advogados dispensaram três. A sessão começou às 13h30 e terminou às 16h20.
Um porteiro que trabalha no Condomínio Turmalina, onde fica o sítio do Bruno, disse que não viu os réus juntos no local em um dia específico, mas que eles estiveram em dias diferentes e alternados – provavelmente entre 6 e 12 de junho deste ano. O homem afirmou, ainda, que também não viu nenhum bebê de colo no período. Na maior parte do tempo, Fernanda Gomes de Castro rezava terço e chorava.
Após a audiência, a juíza disse que o goleiro Bruno deveria estar solto “porque ele tinha emprego e endereço fixo”. Para Maria José, os trabalhos desta tarde transcorreram com normalidade. “Achei que a defesa foi bem e que fatos foram elucidados”, disse.
Ainda segundo Maria José, o processo que apura o sumiço e a morte de Eliza Samudio deveria estar tramitando na Comarca de Esmeraldas. “O que aconteceu em Contagem? Por que o processo corre lá”, questionou.
Bruno foi algemado para ser levado à penitenciária mas, logo depois, a juíza pediu que as algemas fossem retiradas porque ela queria falar com o goleiro. A reportagem do G1 perguntou o que a magistrada falaria com o atleta e ela respondeu: “Não posso falar. Essa conversa é só entre mim e ele”. Ela saiu e Bruno foi atrás escoltado. Eles entraram em uma sala reservada.
A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) informou que apenas os desembagadores e a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, da Comarca de Contagem, podem relaxar as prisões ou mandar soltar os réus.
Entenda o caso
O goleiro Bruno é réu no processo que investiga a morte de Eliza Samudio. A Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público contra Bruno e outros oito envolvidos no desaparecimento e morte de Eliza. Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada de Bruno, foi presa em Minas Gerais. De acordo com o inquérito policial, Eliza foi morta no dia 9 de junho, em uma casa em Vespasiano.
O goleiro; Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão; Sérgio Rosa Sales; Dayanne Souza; Elenilson Vítor da Silva; Flávio Caetano; Wemerson Marques; e Fernanda Gomes de Castro respondem na Justiça por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é o único que responderá por dois crimes. Bola foi denunciado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Todos os acusados negam o crime. As penas podem ultrapassar 30 anos.
A pedido do Ministério Público, a Justiça decretou a prisão preventiva de todos os acusados. Com essa medida, eles devem permanecer na cadeia até o fim do julgamento. Em 2009, Eliza teve um relacionamento com o goleiro Bruno, engravidou e afirmou que o pai de seu filho é o atleta. O bebê nasceu no início de 2010 e, agora, está com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.
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