terça-feira, 26 de outubro de 2010

MINISTRO SÓ FALA NOS AUTOS



Ministro Ari Pargendler, presidente do STJ, em
imagem de arquivo (Foto: Luiz Antonio SCO / STJ)

A assessoria do Superior Tribunal de Justiça (STJ) informou ontem, segunda (25) que o presidente do tribunal, ministro Ari Pargendler, só deve se manifestar nos autos do processo sobre a acusação de assédio moral feita por um estagiário.

Na última sexta (22), a assessoria havia informado que, nesta segunda, ele concederia uma entrevista - cancelada.

De acordo com a assessoria, como o processo tramitará no Supremo Tribunal Federal, para onde foi encaminhado o boletim de ocorrência registrado na 5ª Delegacia de Polícia Civil do Distrito Federal, o ministro decidiu se manifestar somente nos autos.

O estudante universitário Marco Paulo dos Santos, 24 anos, trabalhava como estagiário na Coordenadoria de Pagamento do STJ. Ele disse que foi demitido na última terça-feira (19), menos de uma hora depois de um episódio envolvendo o ministro, que ele avaliou como assédio moral.

De acordo com o estudante, o caso começou quando ele estava na fila dos caixas eletrônicos para realizar um depósito. Ele declarou que, ao chegar ao banco, foi informado por um funcionário que apenas o caixa que Pargendler estava usando funcionava para depósitos.

O estagiário disse que ficou atrás da linha que demarca o início da fila, aguardando a vez, quando foi abordado pelo ministro, que teria pedido para que ele deixasse o local.

Santos afirma que não sabia quem era o ministro e argumentou que somente aquele caixa estava funcionando.

Segundo o estudante, Pargendler teria feito gestos bruscos e mandado ele sair de perto. “Não tinha a menor noção de quem ele era. Achei uma falta de educação, mas não reagi, apenas fiquei parado onde estava, olhando, quando ele disse: ‘Sou Ari Pargendler, presidente do STJ, e vocês está demitido. Isso aqui acabou para você’”, relatou o estudante.

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