Estudante acusado de triplo homicídio em Macapá aguardará julgamento preso
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) indeferiu, por unanimidade de votos, o Habeas Corpus (HC 110351) impetrado pela defesa do estudante universitário W.L.R.C. para que ele aguardasse em liberdade o julgamento pelo Tribunal do Júri de Macapá (AP).
O réu é acusado de triplo homicídio qualificado (por motivo fútil) supostamente cometido contra a servidora do Ministério Público do Amapá Caroline Camargo Rocha Passos e seus dois filhos – Marcelo (de 17 anos) e Vitória (de 11) –, em 10 de maio de 2010. A família foi morta com um total de 69 perfurações feitas com faca e tesoura.
O acusado era amigo de Marcelo e frequentava a casa da família. Na sessão de hoje (10), sua defesa negou com veemência que ele seja autor do crime e alegou que o estudante foi coagido a confessar autoria sob pressão da polícia. O advogado garantiu aos ministros que o estudante não fugiria, caso obtivesse o direito de aguardar o julgamento em liberdade.
Segundo o advogado, os policiais teriam prometido a W.L.R.C. uma cela reservada se ele confessasse a autoria do crime, pois, do contrário, seria abusado sexualmente ou até mesmo morto pelos demais detentos em razão da comoção social que o caso gerou na sociedade macapaense.
Relator do processo, o ministro Gilmar Mendes (foto) afirmou que o fundamento utilizado pelo juiz de primeiro grau para decretar a prisão preventiva do acusado – garantia da ordem pública em razão do modus operandi empregado – é aceito pela jurisprudência do STF.
O ministro reconheceu a gravidade do crime que abalou a sociedade local e leu os dados da decisão de pronúncia na qual o juiz remete o réu ao julgamento pelo júri popular, que revelam que o depoimento do réu foi prestado na presença de três advogados e de três promotores de Justiça.
“Razão pela qual não se pode falar que o acusado estava desprotegido e que sua confissão tenha sido resultado de coação ou ainda que a prova seja ilícita. Entendimento contrário só seria possível em se acreditando que todos os profissionais compactuaram com a arbitrariedade, o que, diga-se de passagem, não me parece nem um pouco razoável”, afirmou o ministro.
O relator do HC citou ainda parte do depoimento da namorada do réu. Ela disse à policia que falou com o namorado no dia do crime, por volta das 20h, quando ele estava na casa das vítimas. Laudos periciais apontam que o crime ocorreu por volta das 21h. Quando ambos se encontraram, por volta das 23h, W.L.R.C. estava “com uma das mãos feridas e com forte cheiro de sangue”.
O ministro Gilmar Mendes afirmou ainda que peritos encontraram impressões digitais de W.L.R.C. na cena do crime, envoltas em sangue das vítimas, na cozinha da casa. “Tudo indica que há elementos plausíveis para a decisão de pronúncia tomada e para a manutenção da prisão, tendo em vista os elementos constantes dos autos”, finalizou o relator. Seu voto foi acompanhado pelos demais ministros presentes à sessão.
PEGADO AL JURADO
Estudiante acusado de triple homicidio detenido en espera de juicio Macapa
La Sala Segunda del Tribunal Supremo (STF) rechazó, por unanimidad, el Habeas Corpus (HC 110 351) presentado por la defensa como un estudiante universitario WLRC esperó a que la versión de prueba gratuita por un jurado de Macapá (AP).
El demandado es acusado de triple homicidio (por motivos fútiles) presuntamente cometidos en contra del servidor público en el Ministerio de Amapá Roca Pasos Caroline Campbell y sus dos hijos, Marcelo (17 años) y Victoria (11) - el 10 de mayo , 2010. La familia fue asesinada con un total de 69 perforaciones hechas con un cuchillo y unas tijeras.
El acusado era amigo de Marcelo y asistió a la casa de la familia. En su reunión de hoy (10), su defensa ha negado enérgicamente que él es el autor del crimen y afirmó que el estudiante fue forzado a confesar la autoría bajo la presión de la policía. El abogado aseguró a los ministros que el estudiante no va a escapar si se les da el derecho a la espera de juicio.
Según el abogado, la policía ha prometido WLRC una celda reservada si él confesó el crimen, porque, de lo contrario, sería abusada sexualmente o incluso asesinados por otros reclusos debido a la agitación social que el caso ha generado macapaense en la sociedad.
Relator del proceso, el ministro Gilmar Mendes, dijo que la base utilizada por el juez de primera instancia para ordenar la detención de los acusados - una garantía del orden público debido al modus operandi utilizado - es aceptado por la jurisprudencia de la Corte Suprema de Justicia.
El ministro reconoció la gravedad del crimen que sacudió a la sociedad local y leer los datos de la decisión de la pronunciación en la que el juez se refiere al acusado a un juicio con jurado, el testimonio que demuestra que el acusado se hizo en la presencia de tres abogados y tres Los promotores de Justicia.
"Por eso no se puede decir que el acusado era sin protección y que su confesión fue el resultado de la coacción o la evidencia de que es ilegal. Punto de vista contrario sólo es posible en la creencia de que todos los profesionales de la compactuaram con la arbitrariedad, la cual, por cierto, no creo que aunque sea un poco razonable ", dijo el ministro.
El relator de la HC también citó el testimonio de la novia del acusado. Ella le dijo a la policía que habló con su novio en el día del crimen, alrededor de las 20h, cuando se encontraba en la casa de las víctimas. Los informes médicos indican que el crimen ocurrió alrededor de las 21 hs. Cuando los dos se reunieron, en torno a las 23h, WLRC era "con una mano lesionada y un fuerte olor de la sangre."
El ministro Gilmar Mendes también dijo que los expertos hallaron huellas dactilares WLRC en el lugar, envuelto en sangre de las víctimas, en la cocina. "Todo indica que no hay prueba suficiente para la toma de decisiones la pronunciación y el mantenimiento de la prisión, en vista de la evidencia en el caso", concluyó el ponente. Su voto ha sido acompañado por otros ministros presentes en la sesión.
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