quinta-feira, 8 de abril de 2010
PRESO POR EXTORSÃO
A polícia prendeu na manhã de hoje (8) o detetive particular Paulo Roberto Miranda, que já vinha sendo investigado há mais de um ano por extorquir empresários e políticos, utilizando-se de informações bancárias e interceptação ilegal de ligações telefônicas. O técnico em telecomunicação José Raimundo da Cruz, mais conhecido como “cebola”, responsável pelos “grampos telefônicos”, continua foragido. Computadores, câmeras de filmagem, binóculos e documentos foram apreendidos e encaminhados para perícia.
As investigações foram iniciadas em outubro do ano passado, por policias da 5ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Valença), quando receberam a denúncia de que um político da região estava sendo extorquido por um detetive que havia montado um dossiê com informações pessoais dele. Desde então o detetive Paulo Roberto, que cobrava diárias variando entre R$ 500 e R$ 5.000, começou a ser monitorado pela polícia, com o apoio da Superintendência de Inteligência da SSP.
Os escritórios do detetive, localizado no bairro da Saúde, assim como casas de clientes, duas no bairro do Itaigara, foram vistoriadas, em cumprimento a seis mandados de busca e apreensão. “Identificamos dezenas de pessoas que estavam sendo ameaçadas por este investigador. Ele tinha acesso a bancos de dados com informações privilegiadas e realizava escutas telefônicas sem qualquer tipo de autorização e acompanhamento judicial”, explicou o diretor da Coordenadoria de Operações Especiais (COE) da Polícia Civil, delegado Jardel Peres.
Ressaltou ainda que mais pessoas estão envolvidas e que os contratantes do serviço também serão ouvidos. “Estará incluso no inquérito o nome de todas as pessoas que facilitaram informações e também das que solicitaram o serviço do detetive particular”, esclareceu Peres.
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