Cooperação traz ao Brasil produtores rurais da Colômbia
Uma missão técnica de pequenos produtores de seringueira e engenheiros agrônomos e florestais de cinco estados colombianos iniciou hoje, 11, visita ao Brasil para conhecer tecnologias de sistema de plantio e produção de borracha natural em condições super úmidas e de baixa umidade na Bahia e São Paulo. A iniciativa conta com o apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), através da Associação Brasileira de Cooperação (ABC) e Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), e Associação Paulista de Produtores de Borracha (Aprobor).
Na Superintendência de Desenvolvimento da Região Cacaueira da Ceplac na Bahia, um grupo de produtores e técnicos colombianos está tendo a oportunidade de ver a produção de clones de plantas resistentes ao mal-das-folhas da seringueira e de alta produtividade, sistemas agroflorestais (SAFs), organização da produção e cadeia produtiva. Já em São Paulo outro grupo, também sob a coordenação da Ceplac, visita áreas produtivas e faz intercâmbio com seringalistas locais.
Segundo o chefe do Centro de Pesquisas do Cacau da Ceplac (Cepec), Adonias Castro Virgens Filho, são muito bons até agora os resultados da cooperação nos Departamentos (Estados) de Tolima, Caquetá, Oriente, Caldas e Santander del Sur. “A Colômbia tem grande potencial para produção de borracha natural para o abastecimento interno, industrialização e mercado externo”, disse durante reunião com o superintendente da Ceplac na Bahia, Antônio Zózimo de Matos Costa.
Esta é a quarta missão a visitar o Brasil no projeto de cooperação com o Governo da Colômbia que promove a substituição de cultivos ilícitos por seringueira e cacau, com o assessoramento do Ministério da Agricultura, através da Ceplac, há sete anos. O grupo de visitantes foi selecionado pelo Ministério da Agricultura do País andino, através da Ação Social, vinculada à Presidência da República, que difunde cultivos de importância econômica nas regiões de risco onde atua o narcotráfico.
Para o engenheiro florestal Herberth Gongora Ocampo, da Associação de Reflorestadores e Cultivadores de Borracha de Caquetá, a expectativa da missão é muito grande, principalmente pelo fato de se aprender a tecnologia empregada pela Ceplac e os produtores baianos, já que há semelhança entre as condições de precipitação, umidade relativa do ar e solos com sua região. “O maior interesse é sobre o manejo de cacau associado ao cultivo de seringueira em Sistema Agroflorestal, já que há três anos viemos incentivando entre pequenos produtores o consorciamento de cacau, seringueira e banana que integram nossa base econômica”, explicou.
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