Juarez Vicente de Carvalho
Wilson namorava Meire há seis meses. Tudo começou quando eles se conheceram num seminário, em São Paulo. Meire reside em Teresina e o jovem apaixonado no sul da Bahia. Cartas e cartas foram trocadas. Muitos telefonemas, mesmo com o absurdo que está o preço do telefone.
A expectativa dos dois era grande. Meire jurou um dia conhecer o sul da Bahia terra do seu amor. Queria conhecer de perto a família do homem que a faria feliz. Queria conhecer a Universidade onde Wilson estudava e sairia dentro de poucos meses como bacharel.
Chega o mês de agosto e Wilson tem um grande surpresa. A moça ligou que estava de malas prontas para vir a Bahia e queria passar alguns dias ao lado do amado. Passaram 30 minutos ao telefone acertando detalhes.
Era uma quarta-feira, o sol brilhava em Ilhéus. Por todo momento Wilson olhava para o céu. Estava ansioso. Esperava a sua amada.
Para aumentar a ansiedade o avião atrasou alguns minutos. O sistema nervoso de Wilson não agüentava mais. Foi a um bar mais próximo e pediu uma dose de wisky, pediu a segunda e retornou ao aeroporto.
Cinco minutos depois o avião estava na pista. Ele na sala esperava Meire que chegou cheia de presentes e carinho. Vieram para Itabuna e foi apresentada aos país de Wilson. Horas depois seguiram com destino a Salvador e chegaram no mesmo dia, (20 de agosto), à noite.
Após uma noite de amor, no dia seguinte na capital baiana muita curtição. De mãos dadas passearam muito. Foram à Igreja do Bomfim, Pelourinho e pararam para o almoço fazendo planos para a tarde e noite. Durante o almoço em um restaurante Meire observou na televisão que naquele dia o cantor fazia aniversário de morte. A reportagem mostrou a homenagem dos fãs ao artista.
Meire não titubeou: “Ah, eu quero conhecer o túmulo do meu ídolo. Quero prestar-lhe a minha homenagem”. Após o almoço, seguiram para o cemitério que estava lotado de pessoas, com flores, violões e muita música. Passaram a tarde no cemitério trocando afagos e beijos e abraços, tiraram fotografias junto ao túmulo do grande Raul Seixas para registrar o momento.
Dias depois retornaram a Itabuna onde conheceram locais importantes, dentre eles o Museu Casa Verde que conta a história do fundador de Itabuna, Henrique Alves. Visitaram também o Hospital Calixto Midlej.
Olhando para o lado Meire observou que tinha um cemitério e perguntou a Wilson se era bem cuidado. Ele, para valorizar sua terra disse que sim e foi mostrar o cemitério. Visitaram alguns túmulos e ela aprovou o que viu. Carinhos, beijos e abraços trocaram o casal apaixonado.
De novo ficou caracterizado o namoro fúnebre...
sábado, 27 de março de 2010
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