Astrônomos chilenos descobrem "El Gordo", o maior aglomerado de galáxias longínquo
El Gordo: na imagem, uma composição do que seria o maior aglomerado de galáxias longínquo (Foto: Nasa/ESO)
Astrônomos deram o apelido de "El Gordo" ao maior aglomerado de galáxias já observado no universo longínquo. O aglomerado de galáxias extremamente quente e de massa elevada foi descoberto por uma equipe internacional de astrônomos que usaram dados do Very Large Telescope (VLT,) do Observatório Europeu do Sul (ESO), e do telescópio de raio-x Chandra, da Nasa.
A equipe, liderada por astrônomos chilenos e da Universidade Rutgers, descobriu "El Gordo" ao detectar uma distorção da radiação cósmica. O brilho tênue seria o resto da primeira radiação vinda do Big Bang, explosão que deu origem do universo, muito densa e extremamente quente há cerca de 13,7 bilhões de anos.
Esta radiação que resta do Big Bang interage com os elétrons do gás quente dos aglomerados de galáxias, distorcendo a aparência do brilho de fundo de microondas visto a partir da Terra. Quanto maior e mais denso for o aglomerado, maior será este efeito.
“Este aglomerado tem mais massa, é mais quente e emite mais raios-X do que qualquer outro aglomerado encontrado a esta distância ou a distâncias ainda maiores,” disse Felipe Menanteau da Universidade Rutgers, que liderou o estudo apresentado hoje (10) no Encontro da Sociedade Astronômica Americana, realizado em Austin, Texas.
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