O goleiro do Flamengo, Bruno, está sendo julgado no Fórum de Contagem, Minas Gerais, pelo misterioso assassinato da amante Eliza Samudio, com data provável em 9 de junho de 2010.
Até o momento inicial do júri o corpo de Eliza não tinha sido
encontrado. Como fazer um julgamento sem cadáver? É possível?
É sim! Desde que as provas testemunhais sejam robustas. Porém
se faz necessário afirmar que a Polícia Técnica não emitiu um laudo que é a
prova científica do homicídio. Supostamente Eliza foi assassinada como?
Esganada? Por disparo de arma de fogo (qual a arma, calibre)? A paulada? Ferro?
Arma pérfuro cortante? E o seu corpo onde está? É um grande problema.
Outra questão é a destituição do advogado de defesa Rui
Pimenta e a solicitação de destituição do novo defensor que a juíza não
aceitou. O réu tem o direito de destituir o seu defensor em qualquer fase do
processo.
Outra questão que deve ser enfatizada: o júri começou errado.
Vejamos: como pode um
julgamento ser iniciado pelo possível mandante e só depois ser julgado o
possível executor (no caso Bola)?
A ordem do julgamento foi trocado e a juíza não atentou que o
juri poderá ser anulado.
Devemos atentar que dos 25 jurados nomes sete foram
cancelados porque já tinham participado de um outro julgamento, que não o caso
Bruno. Ficaram apenas 18. Cada lado
(Defesa e Acusação) tem direito a três recusas. Portanto, apenas 12 jurados.
A não aceitação da destituição do outro defensor pelo goleiro não se trata de manobra. Está em
Lei. No Código de Processo Penal Brasileiro.
Por esse e tantos erros (desculpem. Juízes não erram. Cometem
equívocos) é que o júri do goleiro Bruno será anulado de pleno Direito. (Juarez
Vicente de Carvalho)
QUEM É QUEM
Bruno Fernandes é o principal suspeito da morte de Eliza
Samudio para a polícia mineira. O goleiro afastado do Flamengo teve um caso com
Eliza Samudio no ano passado e teria tido um filho com a jovem, o menino
Bruninho. Eliza tentava obter na Justiça o reconhecimento de paternidade e
pensão alimentícia do jogador, que ganhava cerca de 200 000 reais no clube. É
réu por sequestro, junto com Macarrão, em ação originada pela denúncia de Eliza
em outubro do ano passado.
Marcos Aparecido dos Santos, o Bola
Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola ou Neném, é
apontado pela polícia mineira como o executor de Eliza. O Delegado Edson
Moreira afirma que ele recebeu Eliza de Bruno, Macarrão e do primo adolescente
do jogador, amarrou e estrangulou a jovem com uma gravata. Moreira, com base no
depoimento de Sérgio Rosa Sales, afirma que Marcos, ao encontrar Eliza, cheirou
as mãos da jovem e disse "você vai morrer".
Luiz
Henrique Ferreira Romão, o Macarrão
Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, é amigo e
funcionário de Bruno. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, participou do
transporte de Eliza do sítio do jogador até a casa em Vespasiano, onde ela foi
assassinada. Além de acusado de participar do assassinato da jovem em Minas,
foi denunciado pelo Ministério Público do Rio pelo sequestro da jovem, em
outubro do ano passado
Dayanne Souza, mulher de Bruno
Oficialmente casada com o goleiro,
Dayanne, que não mora mais com Bruno, foi a primeira a ser presa na
quarta-feira, 7 de julho. Ela já havia sido presa também no dia 25, por
"subtração de incapaz", quando foi responsabilizada por esconder o
menino Bruninho, filho de Eliza.Ela teria deixado o bebê com uma mulher em
Ribeirão das Neves quando foi avisada, por amigos do jogador, que a polícia
iria ao sítio. Para a polícia, Dayanne mentiu.
Cleiton da Silva Gonçalves
Amigo do jogador, Cleiton da Silva Gonçalves dirigia a Land
Rover do atleta no dia 8, quando o veículo foi apreendido numa blitz em
Contagem. No carro foram encontrados vestígios do sangue que a polícia compara
com o DNA de Eliza. Também foi intimado a entregar um carro registrado em seu
nome - uma Chevrolet Blazer - para ser periciada pela polícia mineira. Cleiton
da Silva Gonçalves dirigia a Land Rover do atleta no dia 8, quando o veículo
foi apreendido numa blitz em Contagem.
Sérgio, o primo
Primo do jogador, Sérgio Rosa Sales, de 22 anos, fez
revelações importantes à polícia. Ele contou, em depoimento, detalhes do dia 9
de junho, quando Eliza teria sido levada por Macarrão e outro primo de Bruno,
de 17 anos, para ser morta em Vespasiano, na casa do ex-policial Marcos
Aparecido dos Santos.
Elenílson Vitor da Silva, administrador do sítio
Elenílson Vitor da Silva é o administrador do sítio de Bruno
em Esmeraldas. Cuida das contas e da manutenção do sítio do goleiro. Foi o
autor do relato mais importante para confirmar a presença de Eliza e Bruninho
no sítio do jogador entre os dias 8 e 9 de junho. Em seu primeiro depoimento,
negou ter visto Eliza. Mas, em um segundo interrogatório, disse que a jovem e o
bebê estiveram no sítio e permaneciam isolados em um quarto da casa. Elenílson
chegou a afirmar que era ele o responsável por levar comida para a jovem.
Flávio, amigo
Flavinho é amigo de Macarrão e de Bruno. Ele é suspeito de
ter ajudado a esconder o filho de Eliza. Contou à polícia que Eliza entrgou a
criança na BR-040 para que resolver problemas pessoais. Foi preso no início da
noite de sexta-feira.
Wemerson, amigo
Também conhecido como Coxinha, Wemerson esteve no sítio
durante entre os dias 6 e 9. Supostamente, estava com Flavinho quando este recebeu
o menino Bruninho de Eliza.
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