Minério era adquirido por
empresas distribuidoras de títulos de valores mobiliários-Agência Estado
A
Polícia Federal iniciou na manhã de terça-feira, a Operação Eldorado que
tem como objetivo desarticular uma
organização criminosa responsável pela extração ilegal de ouro e
comercialização no Sistema Financeiro Nacional.
Segundo
comunicado da PF, a operação pretende cumprir 28 mandados de prisão e 64 de
busca e apreensão em sete estados do Norte, Centro-Oeste, Sul e Sudeste do
País: Pará, Rondônia, Amazonas, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio
de Janeiro. Outras oito pessoas são procuradas para prestar depoimento sobre os
crimes.
Mais
de 300 policiais federais participam das buscas, além de 80 agentes dos locais
onde era extraído o ouro e de fiscais do Ibama - eles participam da
investigação desde o início, em fevereiro, informa a PF.
As
buscas foram conduzidas pela Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros e
Desvio de Recursos Públicos, que constatou a prática de crimes ambientais - exploração
ilegal de recursos minerais, destruição de áreas de preservação permanente e
poluição -, crimes contra a ordem econômica - usurpação de bens da União - e
contra o Sistema Financeiro Nacional, além de lavagem de dinheiro.
O
ouro extraído das áreas indígenas e dos garimpos ilegais, segundo a Polícia
Federal, era adquirido por empresas distribuidoras de títulos de valores
mobiliários (DTVM's). Após dissimular a origem dos metais, elas o vendiam como
ativo financeiro para investidores da cidade de São Paulo.
A
investigação mostrou que três empresas estavam envolvidas no esquema, sendo que
apenas uma delas movimentou sozinha mais de R$ 150 milhões.
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