Sonia Maria Campos
Braga nasceu em Maringá, interior do Paraná, em 8 de junho de 1950. É a quinta
filha de uma família de sete irmãos. Após o falecimento do pai, sua família
perdeu quase tudo. Enquanto a mãe e os irmãos mais velhos trabalhavam, Sonia e
a irmã, Maria, faziam a limpeza da casa. O primeiro convite para fazer
televisão veio do diretor Vicente Sesso para representar uma princesa no
programa infantil Jardim Encantado.
Sonia trabalhou como
recepcionista e foi secretária em um Buffet. Conheceu o cabeleireiro Antonio
Carlos que a indicou para um teste de modelo na revista Claudia. Não passou,
mas conheceu duas pessoas que marcariam sua carreira: o cantor Ronnie Von, que a
convidou para trabalhar em seu programa na TV (Sonia lia as cartas dos fãs do
cantor) e José Rubens Siqueira, diretor teatral, que na época a dirigiu num
curta-metragem, Atenção, Perigo!
Pelas mãos de José
Rubens, Sonia foi parar em Santo André, onde estreou aos 17 anos na peça Jorge
Dandin. Já na capital, entrou no da primeira montagem brasileira do musical de
maior sucesso na Inglaterra, Hair. No mesmo ano, o cineasta Rogério Sganzarla,
escalou-a para o filme O Bandido da Luz Vermelha, em 1969.
No começo da década de
1970, Sonia Braga participou dos filmes A Moreninha e Cléo e Daniel e da novela
Irmãos Coragem (1970). Mas foi como Flávia em Selva de Pedra que Sonia começou a ser notada pelo público e
pela crítica. Em 1974 conseguiu um bom papel em Fogo Sobre Terra e atuou em
diversos especiais. Fez mais cinema (Capitão Bandeira contra o Dr. Moura Brasil
e Mestiça, a Escrava Indomável) e participou do programa infantil-educativo
Vila Sésamo (TV Cultura/TV Globo).
No final de 1974, a TV
Globo buscava a atriz ideal para viver Gabriela, protagonista da novela baseada
na obra de Jorge Amado. Após verem um vídeo da Sonia, a cúpula da Rede Globo
concordou. Sonia seria Gabriela. Após a novela Gabriela, Sonia virou um dos
maiores símbolo sexual do Brasil. No ano seguinte substituiu Débora Duarte na
peça A Teoria na Prática é Outra, atuou no filme O Casal, com direção de Daniel
Filho e foi escalada para o papel que a projetaria internacionalmente, Dona
Flor, papel título da obra de Jorge Amado Dona Flor e Seus Dois Maridos.
Sonia Braga voltou a TV
Globo no papel na novela Saramandaia. De1977 para 1978, Sonia aparecia
novamente na televisão, fazendo a Cíntia Levi em Espelho Mágico. Voltou aos
cinemas no polêmico A Dama do Lotação, filme baseado na obra de Nelson Rodrigues.
E no mesmo ano virou mania nacional, estourando como a ex-presidiária Julia
Matos em Dancin’ Days.
Em 1980, Sonia voltou à
TV sem os ares de mulher fatal, no papel de Gely, na novela Chega Mais. Mas nos
cinemas continuou a seduzir com o filme Eu Te amo. Logo após a apresentação de
Eu Te Amo, em 1981, no Festival de Cannes, o crítico de cinema da revista
Newsweek, Jack Kroll, saúdo-a dizendo que Sonia era “algo inteiramente novo nas
telas, a primeira atriz de verdade pós-Sofia Loren”. Elogiou ainda, sua beleza
extraordinária, a veia cômica e a coragem sexual, “capaz de anular o Marlon
Brando em O Último Tango em Paris”.
A primeira vez que
Sonia foi para os Estados Unidos não foi em busca de emprego. Foi atendendo a
um convite da Metro Goldem Mayer para filmar Gabriela. Sonia voltou a
interpretar a personagem de Jorge Amado que a transformou em estrela no Brasil.
Só que seu par romântico no filme agora era o italiano Marcelo Mastroiani.
Em 1984, com o filme O
Beijo da Mulher Aranha (ao lado de William Hurt e Raul Julia), Sonia teve a
possibilidade de encarar novos desafios e se dispôs a disputar o mercado
internacional. Seus três curtos papéis em O Beijo da Mulher Aranha provocaram
alguns suspiros entre a população masculina e as quatro indicações para o Oscar
que o filme recebeu, ajudaram a aumentar as atenções sobre ela.
Em 1986, apareceu no
papel de professora de matemática do filho de Bill Cosby, em um episódio do The
Cosby Show, o programa do horário nobre de maior sucesso na televisão americana
naquela época e foi convidada para ser uma das apresentadoras na maior de todas
essas festas, a entrega do Oscar. Sua presença no Dorothy Chandler Pavillion,
diante de 1 bilhão de pessoas que assistiram à cerimônia no mundo inteiro pela
televisão, foi muito breve, mas suficiente para lhe dar celebridade
instantânea.
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