Cada vez mais isolado e
abatido, ex-ministro perdeu o apetite (iG São Paulo)
Famoso pelas festas de
aniversário que costumava organizar anualmente no Bar Avenida, na zona oeste da
capital paulista, José Dirceu convidou em março de 2007 nada menos do que mil
amigos e aliados políticos para a comemoração de seus 61 anos.
Na ocasião, tomou o
microfone e, para as centenas de pessoas que aceitaram o convite, o ex-chefe da
Casa Civil engatou: “Não quero impunidade ou prescrição. Quero ser julgado pelo
Supremo”.
Mais de cinco anos
depois, Dirceu assistiu ontem aos votos de seis ministros do Supremo a favor de
sua condenação por corrupção ativa , que deve ser confirmada na sessão desta
quarta-feira na Corte, com o voto do ministro Celso de Mello.
Junto com ele, foram
condenados vários réus pelo mesmo crime, entre eles o ex-presidente do PT José
Genoino e o ex-tesoureiro Delúbio Soares. Diante da votação, a mesma base do PT
convocada pelo ex-chefe da Casa Civil em 2007, agora comandada por novos
líderes, avalia que ele cometeu naquele discurso seu maior erro estratégico ao
repetir incessantemente que queria ser julgado para provar sua inocência, dizem
petistas, Dirceu agora ficou sem discurso.
Só pelo crime analisado
na sessão de ontem, ele estaria sujeito a penas que podem variar entre quatro
anos e oito meses a 18 anos de prisão. Se os ministros do STF optarem pelas
penas mínimas, o ex-ministro tende a ficar livre da prisão em regime fechado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário