quarta-feira, 17 de outubro de 2012

NADA MELHORA NA CORÉIA DO NORTE

Para norte-coreanos, mudança de líder não trouxe melhores condições de vida

Em suas viagens ao centro de Pyongyang, capital da Coreia do Norte, onde faz suas compras semanais, uma criadora de porcos de 52 anos de idade, que se identificou como Sra. Kim, tenta ignorar a prosperidade que começou a transformar a cidade nos últimos anos: os apartamentos recém-construídos, o número crescente de Mercedes-Benz que transitam por avenidas antes vazias, as jovens mulheres bem vestidas que falam em seus celulares recém-comprados. Ela nunca foi ao novo parque de diversões onde as crianças da elite brincam durante o verão.



Nos dez meses desde que Kim Jong-un tomou as rédeas de seu país desesperadamente pobre após a morte de seu autocrático pai, a Coreia do Norte - ou pelo menos sua capital - adquiriu mais características de uma sociedade em funcionamento, segundo diplomatas, grupos de ajuda e acadêmicos que visitaram o local nos últimos meses.


Na verdade, os norte-coreanos disseram que suas vidas se tornaram mais difíceis, apesar de pronunciamentos feitos por Kim sobre aumentar os meios de subsistência das pessoas tenham alimentado esperanças de que a nação poderia diminuir sua obsessão economicamente fracassada por equipamentos militares e adotar reformas de mercado iguais as que foram feitas na China.

"As pessoas estavam esperançosas de que Kim Jong-un pudesse tornar nossa vida melhor, mas até o momento elas não viram nada acontecer", disse um homem de 50 anos que se identificou como sendo o Sr. Park.

Os poucos sortudos que conseguem chegar até Dandong ficam surpresos com o que encontram lá: ruas congestionadas de carros, chuveiros quentes e a capacidade de poder falar o que pensam sem medo. Mas, principalmente, ficam surpresos com a abundância de alimento barato.

Embora seus compatriotas tenham dito que comeram muita carne e arroz, a Sra. Kim comeu apenas maçãs durante seus primeiros cinco dias na cidade. Ela disse que não as havia comido desde que era criança.

"Pensava que o nosso país tinha uma boa qualidade de vida", disse ela, "mas estava enganada." (Por Andrew Jacobs)

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