quinta-feira, 29 de março de 2012

TEM PLANETAS HABITÁVEIS

Estudo identificou que 40% de todas as estrelas anãs-vermelhas têm um planeta com composição parecida com a Terra (Foto: ESO/L. Calçada)

Uma equipe internacional de astrônomos descobriu que a Via Láctea abriga dezenas de bilhões de planetas rochosos que giram em torno de anãs vermelhas - estrelas cuja massa é menor que a do Sol.

O estudo, realizado pelo Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) e divulgado nesta quarta-feira, contou com dados obtidos pelo espectrógrafo Harps, o "caçador de planetas" instalado em um telescópio de 3,6 metros do observatório La Silla, no Chile.

Segundo a pesquisa, é possível deduzir que nas vizinhanças do Sistema Solar, a distâncias inferiores a 30 anos luz, pode haver uma centena de "Super-Terras" (planetas com massa de uma a dez vezes superior à superior à da Terra).

Esta foi a primeira vez que foi medida de forma direta a frequência de Super-Terras em torno de anãs-vermelhas, que representam 80% das estrelas de nossa galáxia.

"Cerca de 40% de todas as estrelas anãs-vermelhas têm uma Super-Terra orbitando em sua zona de habitabilidade, uma região que permite a existência de água líquida sobre a superfície do planeta", explicou o líder da equipe internacional, Xavier Bonfils.
Segundo o astrônomo do Observatório de Ciências do Universo de Grenoble (França), como as anãs vermelhas são muito comuns - há 160 bilhões delas na Via Láctea -, pode-se concluir que "há dezenas de bilhões de planetas deste tipo só em nossa galáxia".

Durante as observações, realizadas durante um período de seis anos no hemisfério sul a partir de uma amostra composta por 102 estrelas anãs-vermelhas, os cientistas descobriram um total de nove Super-Terras.

Os astrônomos estudaram a presença de diferentes planetas em torno de anãs-vermelhas e conseguiram determinar que a frequência de Super-Terras na zona de habitabilidade é de 41% em uma categoria que vai de 28% a 95%.

Por outro lado, os planetas gigantes - similares em massa a Júpiter e Saturno no nosso Sistema Solar - não são tão comuns ao redor de anãs-vermelhas, com uma presença inferior a 12%.

Segundo Stéphane Udry, do Observatório de Genebra, "a zona de habitabilidade em torno de uma anã-vermelha, onde a temperatura é apta para a existência de água líquida na superfície, está mais perto da estrela do que no caso da Terra em relação ao Sol".

"Mas as anãs-vermelhas são conhecidas por estarem submissas a erupções estelares ou labaredas, o que inundaria o planeta de raios-X ou radiação ultravioleta: isso tornaria mais difícil a existência de vida", acrescentou.

Por sua vez, Xavier Delfosse, do Instituto de Planetologia e Astrofísica de Grenoble, indicou que agora que se conhece a existência de muitas Super-Terras próximas, "espera-se que algum desses planetas passe em frente à sua estrela anfitriã durante sua órbita em torno desta".

"Isso abrirá a excitante possibilidade de estudar a atmosfera destes planetas e buscar sinais de vida", concluiu.

Um dos planetas descobertos pelo espectrógrafo Harps é Gliese 667 Cc, o mais parecido com nosso planeta, e que com quase certeza reúne as condições adequadas para a presença de água líquida em sua superfície, segundo o ESO.

TEM planetas habitables
Un estudio encontró que el 40% de todas las estrellas enanas rojas tienen un planeta con una composición similar a la Tierra (Foto: ESO / L. Walk)


Un equipo internacional de astrónomos descubrió que la Vía Láctea es el hogar de decenas de miles de millones de planetas rocosos que giran alrededor de enanas rojas, estrellas cuya masa es más pequeña que el Sol.

El estudio realizado por el Observatorio Europeo Austral (ESO, por sus siglas en Inglés) y puesto en libertad el miércoles, se basó en datos obtenidos por el espectrógrafo HARPS, el "cazador de planetas", instalado en un telescopio de 3,6 metros del Observatorio La Silla, Chile.

Según la investigación, es posible deducir que en las proximidades del sistema solar a una distancia de menos de 30 años luz, puede haber un centenar de "Super-Tierras" (planetas con una masa diez veces mayor que la Tierra).
Esta fue la primera vez que se trataba de una medida directa de la frecuencia de las súper-Tierras alrededor de enanas rojas, que representan el 80% de las estrellas de nuestra galaxia.

"Alrededor del 40% de todas las estrellas enanas rojas tienen una súper-Tierra orbitando en su zona habitable, una región que permite la existencia de agua líquida en la superficie del planeta", dijo el líder del equipo internacional, Xavier Bonfils.
De acuerdo con el astrónomo en el Observatorio de Ciencias del Universo de Grenoble (Francia), ya que las enanas rojas son muy comunes - hay 160 mil millones de ellos en la Vía Láctea - se puede concluir que "hay decenas de miles de millones de planetas en nuestra galaxia ".
Durante las observaciones, realizadas durante un período de seis años en el hemisferio sur a partir de una muestra de 102 estrellas enanas rojas, los científicos encontraron un total de nueve Súper-Tierras.

Los astrónomos estudiaron la presencia de diferentes planetas alrededor de enanas rojas, y fueron capaces de determinar la frecuencia de las súper-Tierras en la zona habitable es de 41% en una categoría que va desde 28% a 95%.

Por otro lado, los planetas gigantes-masa similar a Júpiter y Saturno en nuestro Sistema Solar - no son tan comunes alrededor de enanas rojas, con una presencia de menos del 12%.

Según Stéphane Udry del Observatorio de Ginebra, "la zona habitable alrededor de una enana roja, donde la temperatura es adecuada para la existencia de agua líquida en la superficie está más cerca de la estrella que en la Tierra en relación con Sol ".

"Pero las estrellas enanas rojas son conocidas por ser sumisa a las erupciones o llamaradas estelares, que inundará el planeta de rayos X o la radiación ultravioleta: que haría más difícil la existencia de la vida", agregó.
Por su parte, Xavier Delfosse, del Instituto de Planetología de Grenoble y Astrofísica, dijo que ahora que sabemos que la existencia de muchos próximo Super-Tierras ", se espera que algunos de estos planetas pasan por delante de su estrella madre durante su órbita alrededor de esto. "

"Esto abre la emocionante posibilidad de estudiar la atmósfera de estos planetas y la búsqueda de signos de vida", concluyó.

Uno de los planetas descubiertos por espectrógrafo HARPS es Gliese 667 CC, más como nuestro planeta, y sin duda cumple con las condiciones necesarias para la presencia de agua líquida en su superficie, de acuerdo con la ESO.

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