Ao redor do planeta
orbitam duas estrelas, que contam com outro par de estrelas em sua volta. Novo
mundo tem tamanho seis vezes maior do que a Terra (BBC)
Astrônomos amadores
encontraram um planeta cujos céus são iluminados por quatro sóis. É o primeiro
sistema solar desse tipo já identificado.
No mundo, situado a
pouco menos de 5 mil anos luz da Terra, orbita um par de estrelas que contam
com um outro par de estrelas em sua volta.
A descoberta foi feita
por astrônomos amadores utilizando o site Planethunters.org, projeto mantido
pela Universidade de Yale de ''ciência cidadã'', por meio do qual voluntários
procuram encontrar exoplanetas - mundos localizados fora do nosso sistema solar
-- com a informação obtida com o telescópio espacial norte-americano Kepler.
As chamadas estrelas
binárias - um sistema estelar que consiste de duas estrelas orbitando um centro
comum - não são incomuns, mas só foram encontrados alguns poucos planetas que
orbitam em torno de duas estrelas. E nenhum dos já descobertos conta com outro
par de estrelas.
Seis vezes maior
Acredita-se que o novo
mundo seja um ''gigante gasoso'', maior do que Netuno e seis vezes maior do que
a Terra.
''O ambiente do planeta
é muito complicado, devido à pressão exercida pelas quatro estrelas. Mas, ainda
assim, ele aparenta ter uma órbita estável. É algo realmente confuso e que
torna essa descoberta tão divertida. Absolutamente, não é o que estávamos
esperando'', afirma o cientista Chris Lintott, da Universidade de Oxford.
''Existem outros seis
planetas bem estabelecidos gravitando em torno de estrelas binárias e eles
estão muito próximos a essas estrelas. Então, creio que o que isso nos diz é que
planetas podem ser formados nas partes internas de discos protoplanetários (a
massa de gás denso a partir da qual se originam sistemas planetários) '',
comenta.
A descoberta, opina
Lintott, pode oferecer indícios sobre a formação de planetas em outras partes
da galáxia.
Os dois voluntários que
descobriram o PH1 fazendo uso do Planethunters.org foram os americanos Kian
Jek, de San Francisco, e Robert Gagliano.
Descoberta
Os astrônomos amadores
perceberam breves oscilações de luz causadas pela passagem do planeta em frente
aos astros de seu sistema solar. Uma equipe de astrônomos profissionais em
seguida confirmou a descoberta usando os telescópios do Observatório de Keck, em
Mauna Kea, no Estado americano do Havaí.
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