sábado, 13 de outubro de 2012

GENUINO DEIXA CARGO DE MINISTÉRIO

Dilma contrariou Celso Amorim e tentou impedir saída de Genoino do governo

A presidenta Dilma Rousseff contrariou o ministro da Defesa, Celso Amorim, e se recusou a demitir o ex-presidente do PT José Genoino do cargo de assessor especial do ministério logo depois de ele ser condenado por corrupção ativa pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O iG apurou que, além de contrariar Amorim, Dilma telefonou pessoalmente para dizer a Genoino que não aceitaria sua demissão. A exoneração só foi aceita depois que o próprio Genoino anunciou publicamente que deixaria o cargo.

Hoje, a Secretaria de Comunicação Social divulgou a seguinte nota: “Na noite do dia 9 de outubro, terça-feira, a presidenta foi informada pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, sobre pedido do assessor José Genoino, que queria ser demitido pelo governo. A presidenta respondeu ao ministro que o governo não demitiria o assessor, pois não havia , àquela altura, nenhuma razão para fazê-lo, e comentou que lamentava o fato de uma pessoa da estatura de Genoino estar naquela situação”.

Segundo pessoas próximas a Genoino, a história foi diferente. Amorim teria ido até Dilma na terça-feira, logo depois da confirmação numérica de que Genoino seria condenado, para consultar a presidenta sobre o destino do petista. Até então Genoino não tinha intenção de entregar o cargo.

Além de rejeitar o afastamento do petista, Dilma telefonou a Genoino para manifestar sua solidariedade e dizer que não o demitiria. “Não vou demitir nem se você for condenado em definitivo”, afirmou a presidenta, segundo relatos. Genoino e outros réus condenados no julgamento do mensalão ainda podem usar o recurso de embargos infringentes junto ao STF para tentar modificar a decisão do tribunal.

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