Dilma contrariou Celso
Amorim e tentou impedir saída de Genoino do governo
A presidenta Dilma
Rousseff contrariou o ministro da Defesa, Celso Amorim, e se recusou a demitir
o ex-presidente do PT José Genoino do cargo de assessor especial do ministério
logo depois de ele ser condenado por corrupção ativa pelo Supremo Tribunal
Federal (STF). O iG apurou que, além de contrariar Amorim, Dilma telefonou
pessoalmente para dizer a Genoino que não aceitaria sua demissão. A exoneração
só foi aceita depois que o próprio Genoino anunciou publicamente que deixaria o
cargo.
Hoje, a Secretaria de
Comunicação Social divulgou a seguinte nota: “Na noite do dia 9 de outubro,
terça-feira, a presidenta foi informada pelo ministro da Defesa, Celso Amorim,
sobre pedido do assessor José Genoino, que queria ser demitido pelo governo. A
presidenta respondeu ao ministro que o governo não demitiria o assessor, pois
não havia , àquela altura, nenhuma razão para fazê-lo, e comentou que lamentava
o fato de uma pessoa da estatura de Genoino estar naquela situação”.
Segundo pessoas
próximas a Genoino, a história foi diferente. Amorim teria ido até Dilma na
terça-feira, logo depois da confirmação numérica de que Genoino seria
condenado, para consultar a presidenta sobre o destino do petista. Até então
Genoino não tinha intenção de entregar o cargo.
Além de rejeitar o
afastamento do petista, Dilma telefonou a Genoino para manifestar sua
solidariedade e dizer que não o demitiria. “Não vou demitir nem se você for
condenado em definitivo”, afirmou a presidenta, segundo relatos. Genoino e
outros réus condenados no julgamento do mensalão ainda podem usar o recurso de
embargos infringentes junto ao STF para tentar modificar a decisão do tribunal.
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