segunda-feira, 18 de junho de 2012

ACUSADO VIVE TRANQUILO


Militar aposentado falou ao iG; ele está entre alvos do MPF por participação na morte de 6 pessoas e na tortura a outras 20 (Ricardo Galhardo)

Acusado pelo Ministério Público Federal de participar da morte de seis presos políticos e torturar outras 20 pessoas, entre elas a presidenta eleita Dilma Rousseff, o tenente-coronel reformado do Exército Maurício Lopes Lima descreve a violência nos porões da ditadura como algo “corriqueiro”. Na mesma semana em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o torturador de sua sucessora hoje deve estar se torturando, a reportagem do iG encontrou o militar levando uma vida calma na praia das Astúrias, no Guarujá. 
Homem apontado como torturador de Dilma pediu para não ser fotografado e permitiu apenas reprodução de imagem sua tirada na época
Hoje aposentado, ele fala tranquilamente sobre os acontecimentos relatados em 39 documentos que serviram de base para a ação civil pública ajuizada na 4ª Vara Cível contra ele. Questionado sobre o uso da tortura nos interrogatórios, comentou: “Era a coisa mais corriqueira que tinha”, afirmou. Embora negue ter torturado Dilma, ele admite que teve contato com a presidenta eleita. Diz que na época não podia sequer imaginar que a veria na Presidência. “Se soubesse naquela época que ela seria presidenta teria pedido: ‘Anota meu nome aí. Eu sou bonzinho’”, afirma. 
A ação aberta contra Lima e os demais acusados – dois ex-militares e um ex-policial civil - se refere ao período entre 1969 e 1970, quando Lima e outros três acusados integraram a equipe da Operação Bandeirante e do DOI-Codi, ambos protagonistas da repressão política durante a ditadura militar (1964-1985). Entre os documentos, está um depoimento de Dilma à Justiça Militar, em 1970, no qual ela pede a impugnação de Lima como testemunha de acusação, alegando que o então capitão do Exército era torturador e, portanto, não poderia testemunhar.

“Pelos nomes conhece apenas a testemunha Maurício Lopes Lima, sendo que não pode ser considerada a testemunha como tal, visto que ele foi um dos torturadores da Operação Bandeirante", diz o depoimento de Dilma. Na época com 22 anos, a hoje presidenta eleita foi presa por integrar a organização de esquerda VAR-Palmares. No mesmo depoimento Dilma acusa dois homens da equipe de Lima de ameaçá-la de novas torturas quando ela já havia sido transferida para o presídio Tiradentes. Ela teria questionado se eles tinham autorização judicial para estarem ali e recebido a seguinte resposta: “Você vai ver o que é juiz lá na Operação Bandeirante”.
MPF abre ação contra
Outros depoimentos deixam mais evidente a ação do militar, como o do frade dominicano Tito de Alencar Lima, o Frei Tito, descreve em detalhes como foi colocado no pau-de-arara e torturado por uma equipe de seis homens liderados por Lima. “O capitão Maurício veio buscar-me em companhia de dois policiais e disse-me: ‘Você agora vai conhecer a sucursal do inferno’”, diz um trecho do depoimento, no qual ele diz ter recebido choques elétricos e “telefones” (tapas na orelha), entre outras agressões.
O então capitão do Exército é acusado também de ter participado da morte de Vírgilio Gomes da Silva, o "Jonas" da ALN, outra organização de esquerda que defendia a luta armada. Líder do sequestro do embaixador dos EUA Charles Elbrick, Virgílio foi assassinado no DOI-Codi, conforme admitiu oficialmente o Exército em 2009. Lima nega todas as acusações. Leia abaixo trechos da entrevista concedida por Lima ao iG:
iG - Como era chegar em casa e pensar que uma moça como a Dilma, de vinte e poucos anos, havia sido torturada?
Lima - Nunca comentei isso com ninguém, mas desenvolvi um processo interessante. Eu não voltava mais para casa, pois achava que podia morrer a qualquer momento. Me isolei dos amigos e das pessoas que gostava. O quanto mais pudesse ficar longe melhor. Era uma fuga.
iG - O senhor fugia do que?
Lima - De uma realidade. Eu sabia que ia morrer. Minha mulher estudava história na USP. Ela soube por terceiros que eu estava no DOI-Codi. As colegas dela todas presas.
iG - Então não era a tortura que o incomodava?
Lima - É como um curso na selva. No primeiro dia você vê cobras em todo canto. No terceiro dia você toma cuidado. Depois do décimo dia passa um cobra na sua frente e você chuta. É adaptação.
iG - Se tornou uma coisa banal?
Lima - Sim.
iG - E hoje em dia o que o senhor pensa daquilo?
Lima - Penso que só é torturado quem quer. Agi certo. Arrisquei minha vida. Não tive medo. Não tremi, não. E não torturei ninguém. Pertenci a uma organização triste, sim. O DOI-Codi, a Operação Bandeirante eram grupos tristes.
iG - O senhor está pesquisando no projeto Brasil Nunca Mais para preparar sua defesa?
Lima - Sim. Primeiro porque não sei quem falou. Uns me citam, outros "ouvi dizer".
iG - O MPF cita sua participação em torturas contra 16 pessoas.
Lima - É. Outro que me deixa fulo da vida é o Diógenes Câmara Arruda (ex-dirigente do PCB preso na mesma época que Dilma). Ele faz a minha ligação como torturador dele e o CCC (Comando de Caça aos Comunistas, grupo de extrema direita que atuou nas décadas de 60 e 70). Eu tinha uma bronca desgraçada do CCC. Me referia a eles como "aqueles moleques chutadores de porta de garagem". É o que eles eram. Nunca tive nada com o CCC.
iG - O senhor também é acusado de participar da morte do Virgílio Gomes da Silva (o "Jonas" da ALN, morto no DOI-Codi em 29 de setembro de 1969).
Lima - Me acusam de ter matado o Virgílio e de ter torturado o filhinho dele (então com quatro meses de idade). Eu não estava lá e demonstro para quem quiser ver (se levanta e pega um livro do Exército com os registros de todas suas mudanças e transferência ao longo da carreira). Isso são minhas folhas de alterações militares. Pode olhar aí. Fui transferido para a Operação Bandeirante no dia 3 de outubro. O Virgílio foi morto no dia 29 de setembro.
iG - Não havia entre os militares a questão moral de que a tortura desrespeita os direitos humanos?
Lima - A tortura diz respeito a direitos humanos e o terrorismo também.
iG - Um erro justifica o outro?
Lima - Estão ligados. Tortura no Brasil era a coisa mais corriqueira que tinha. Toda delegacia tinha seu pau-de-arara. Dizer que não houve tortura é mentira, mas dizer que todo delegado torturava também é mentira. Dependia da índole. As acusações não podem ser jogadas ao léu. Têm que ser específicas. Eu sei quem torturava e não era só no DOI-Codi, era no Dops também. Mas eu saber não quer dizer que eu possa impedir e nem que eu torturasse também. A tortura é válida para trocar tempo por ação.
iG - Quem torturava?
Lima - O maior de todos eles já morreu e não dá para falar dos mortos.
iG - Alguma vez o senhor contestou a prática de tortura no DOI-Codi?
Lima - Não porque existia um responsável maior, o comandante do DOI-Codi. Eu fiz a minha parte. Se eu fosse mandado torturar, não torturaria. Outros não. O Fleury (delegado Sérgio Paranhos Fleury), por exemplo, até dava um sorriso.
ACUSADO EN VIVO TRANQUILO

Militar retirado dijo que el IG, es uno de los objetivos del MPF por la participación en la muerte de seis personas y torturar a los otros 20 (Ricardo Gallardo)
Acusado por los fiscales federales a participar en la matanza de seis presos políticos y tortura de 20 personas, incluido el presidente electo de Rousseff, el teniente coronel retirado del Ejército Mauricio Lopes Lima, aborda la violencia en las mazmorras de la dictadura como algo "trivial". En la misma semana que el presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dijo que el torturador de su sucesor, hoy podría ser torturado, el informe del IG encuentran los militares que lleva una vida tranquila en la playa de Asturias, en Guaruja.
El hombre nombrado como torturador de Dilma pidió no ser fotografiado y permitió sólo tocar su imagen tomada en el momento
Ahora, ya retirado, que habla en voz baja acerca de los hechos denunciados en 39 documentos que sirvieron de base para la acción civil pública presentada ante la Corte Civil de cuarto en su contra. Preguntado sobre el uso de la tortura en los interrogatorios, dijo: "Era lo que era un lugar común", dijo. Aunque negó haber torturado Dilma, él admite que tuvo contacto con el presidente electo. Dice que en ese momento no podía ni imaginar que vería ella en la oficina. "Si hubiera sabido entonces que iba a ser presidente le habría pedido:" Escribe mi nombre en ella. Estoy bien, '", dice.
La demanda presentada en contra de Lee y los otros acusados, dos ex-soldados y un ex policía - se refiere al período comprendido entre 1969 y 1970, cuando Lee y otros tres acusados
​​se unió al personal de la Operación Bandeirante y el DOI-CODI, los dos protagonistas de la represión política durante la dictadura militar (1964-1985). Entre los documentos es un testimonio de la Justicia Militar en 1970, Dilma, en la que busca el reto de Lima como un testigo de la acusación, alegando que el entonces capitán del ejército era un torturador, y por lo tanto no podía testificar.

"Por los nombres sólo se conoce el testimonio de Mauricio Lopes Lima, y
​​no puede ser considerado como un testigo, ya que era uno de los torturadores de la Operación Bandeirante", dice el testimonio de Dilma. En el momento de 22 años, el día que el presidente electo fue detenido por haber participado en la organización de la izquierda VAR-Palmares. Dilma En la declaración jurada misma acusa a dos hombres del equipo de Lima a amenazar a su nueva tortura cuando fue trasladada a las cárceles de Tiradentes. Habría les preguntó si tenían autorización legal para estar allí y recibió la siguiente respuesta: "Usted verá lo que hay en la Operación Bandeirante juez."
MPF abierto la acción en contra
Otras declaraciones más evidente que la acción de los militares, como el fraile dominico Tito de Alencar Lima, Frei Tito, describe en detalle la forma en que se colocó en el palo-de-arara y torturado por un equipo de seis hombres encabezadas por Lima. "El capitán Maurice vinieron por mí en compañía de dos policías y me dijo: 'Ahora se conoce la sucursal del infierno'", dice un extracto de la entrevista en la que afirma haber recibido descargas eléctricas y "teléfonos" (tapas oído), entre otros ataques.
El ex capitán del Ejército también está acusado de haber participado en la muerte de Virgilio Gomes da Silva, "Jonas" la ALN, otra organización de izquierda que defendía la lucha armada. Líder del secuestro del embajador de EE.UU. Charles Elbrick, Virgilio fue asesinado en el DOI-CODI, como ha admitido oficialmente el Ejército en 2009. Lima ha negado todos los cargos. Lea a continuación extractos de la entrevista con el IG de Lima:
IG - ¿Cómo fue volver a casa y pensar que una chica como Dilma, los años veinte, había sido torturado?
Lima - nunca mencionó a nadie, sino que se desarrolló un proceso interesante. Ya no volvió a casa porque pensaba que podía morir en cualquier momento. Me aislaba de los amigos y la gente que me gustaban. ¿Cuánto más podría ser mucho mejor. Era una vía de escape.
IG - Usted huyó de eso?
Lima - Tome una realidad. Yo sabía que iba a morir. Mi esposa estaba estudiando la historia de la USP. Ella sabía por qué estaba tercero en el DOI-CODI. Los colegas de todo atascado.
IG - Luego estaba la tortura que le molestaba?
Lima - Es como un curso en la selva. En el primer día se ve serpientes por todas partes. En el tercer día a cuidar. Después del décimo día es una serpiente delante de usted y patear usted. Es la adaptación.
IG - se convirtió en una cosa común?
Lima - Sí
IG - ¿Y ahora qué piensa usted de eso?
Lima - Creo que sólo es torturado a nadie. Hizo lo correcto. He arriesgado mi vida. Yo no tenía miedo. No tembló, no. Y no torturó a nadie. Perteneció a una organización triste, sí. Los DOI-CODI, Operación Bandeirante grupos estaban tristes.
IG - Usted está buscando en Brasil Proyecto Nunca Más para preparar su defensa?
Lima - Sí. En primer lugar porque yo no sé quién habló. Cito uno al otro "oído".
IG - El MPF se refiere a su participación en la tortura contra 16 personas.
Lima - Así es. Otro que me pone molesto es el de Diógenes Casa Arruda (ex jefe de la Junta de Coordinación atrapado en el mismo tiempo que Dilma). Él hace que mi conexión como un torturador y su CCC (Comando de Caza a los comunistas y de extrema derecha que sirvió en los años 60 y 70). Tuve una pelea lamentable CCC. Me he referido a ellos como "los niños tiradores puerta del garaje." Eso es lo que eran. Nunca he tenido nada con el CCC.
IG - El Señor también está acusado de participar en la muerte de Virgilio Gomes da Silva (el "Jonas", la ALN, el DOI-CODI asesinado el 29 de septiembre de 1969).
Lima - me acusan de haber matado y Virgilio han torturado a su pequeño hijo (entonces de cuatro meses de edad). Yo no estaba allí y demostrar la vista de todos (se levanta y toma un libro con los registros del Ejército de todos los cambios y la transferencia de toda su carrera). Esas son mis hojas cambian de militar. Usted puede ver allí. Fui trasladado a la Operación Bandeirante, el 3 de octubre. El Virgilio fue asesinado el 29 de septiembre.
IG - No estaba en el ejército de la cuestión moral de que la tortura viola los derechos humanos?
Lima - los derechos de la tortura y el terrorismo respeten los derechos humanos.
IG - un error que justifica la otra?
Lima - están vinculados. Tortura en Brasil fue lo que era un lugar común. Cada estación tenía su bastón a los loros. Para decir que la tortura no es mentira, pero dicen que cada delegado se encuentra también una mentira torturado. Dependía del carácter. Los cargos no pueden ser lanzados a la deriva. Ellos tienen que ser específicos. Sé que fue torturado y no sólo en el DOI-CODI, también estaba en DOPS. Pero no sé decir que puedo parar y no es que me torturó también. La tortura es válida para el intercambio de tiempo para la acción.
IG - ¿Quién tortura?
Lima - El mayor de todos ellos está muerto y no se puede hablar de los muertos.
IG - ¿Alguna vez se cuestionó la práctica de la tortura en el DOI-CODI?
Lima - no porque hubo un responsable, el comandante del DOI-CODI. Yo hice mi parte. Si se les ordenó a la tortura, no torturaria. Otros no lo hacen. Fleury (Sergio Paranhos Fleury delegado), por ejemplo, para dar una sonrisa.

ACCUSED LIVE TRANQUILO

Retired military said the IG, he is among the targets MPF by participation in the death of six persons and torture the other 20 (Ricardo Gallardo)
Accused by federal prosecutors to participate in the killing of six political prisoners and torturing 20 people, including the President-elect Rousseff, the retired lieutenant colonel from the Army Mauricio Lopes Lima describes the violence in the dungeons of dictatorship as something "trivial." In the same week that President Luiz Inacio Lula da Silva said that the torturer of his successor today might be tortured, the report of IG found the military leading a quiet life on the beach of Asturias, in Guaruja.
Man named as torturer of Dilma asked not to be photographed and allowed just playing their image taken at the time
Now retired, he speaks quietly about the events reported in 39 papers that formed the basis for public civil action filed in the 4th Civil Court against him. Asked about the use of torture in interrogations, said: "It was the thing that was commonplace," he said. Although denied having tortured Dilma, he admits he had contact with President-elect. He says that at the time could not even imagine I would see her in office. "If I knew then that she would be president would have asked:" Write down my name there. I'm nice, '"he says.
The lawsuit filed against Lee and the other defendants - two ex-soldiers and a former police officer - refers to the period between 1969 and 1970, when Lee and three other defendants joined the staff of Operation Bandeirante and the DOI-CODI, both protagonists of political repression during the military dictatorship (1964-1985). Among the documents is a testimony to the Dilma Military Justice in 1970, in which she seeks the challenge of Lima as a prosecution witness, claiming that the then army captain was a torturer, and therefore could not testify.

"By the names only know the witness Mauricio Lopes Lima, and can not be regarded as such a witness, since he was one of the torturers of Operation Bandeirante," says the testimony of Dilma. At the time aged 22, the day President-elect was arrested for taking part in the organization of the left VAR-Palmares. Dilma In the same affidavit accuses two men of Lima team to threaten her new torture when she was transferred to the prison Tiradentes. She would have asked if they had legal authorization to being there and received the following response: "You will see what is there in Operation Bandeirante judge."
MPF open action against
Other statements make more evident the action of the military, such as the Dominican friar Tito de Alencar Lima, Frei Tito, describes in detail how it was placed in the stick-to-macaw and tortured by a team of six men led by Lima. "Captain Maurice came for me in the company of two policemen and told me: 'You will now know the branch of hell,'" says an excerpt of the interview in which he claims to have received electric shocks and "phones" (tapas ear), among other attacks.
The former Army captain is also accused of having participated in the death of Virgilio Gomes da Silva, "Jonas" the ALN, another leftist organization that advocated armed struggle. Leader of the kidnapping of U.S. ambassador Charles Elbrick, Virgil was murdered in the DOI-CODI, as officially admitted the Army in 2009. Lima has denied all charges. Read below excerpts from the interview with the IG Lima:
iG - How was come home and think that a girl like Dilma, the twenties, had been tortured?
Lima - never mentioned this to anyone, but developed an interesting process. I no longer came home because he thought he could die at any moment. I isolated myself from friends and people I liked. How much more could be far better. It was an escape.
iG - You fled from that?
Lima - Take a reality. I knew I was going to die. My wife was studying history at USP. She knew why I was third in DOI-CODI. The colleagues of it all stuck.
iG - Then there was the torture that was bothering him?
Lima - It's like a course in the jungle. On the first day you see snakes everywhere. On the third day you take care. After the tenth day is a snake in front of you and you kick. It's adaptation.
iG - became a commonplace thing?
Lima - Yes
iG - And now what you think of that?
Lima - I think it is only tortured anyone. Did the right thing. I risked my life. I was not afraid. I trembled not, no. And not tortured anyone. Belonged to an organization sad, yes. The DOI-CODI, Operation Bandeirante groups were sad.
iG - You are searching in Brazil Never Again Project to prepare his defense?
Lima - Yes First because I do not know who spoke. I cite each other "heard."
iG - The MPF refers to his participation in torture against 16 people.
Lima - It is. Another that gets me pissed off is the Diogenes House Arruda (former head of the PCB stuck in the same time that Dilma). He makes my connection as a torturer and his CCC (Fighter Command on the Communists, extreme right who served in the 60 and 70). I had an unfortunate quarrel CCC. I referred to them as "those kids shooters garage door." That's what they were. Never had anything with the CCC.
iG - The Lord is also accused of participating in the death of Virgilio Gomes da Silva (the "Jonas" the ALN, the DOI-CODI killed on September 29, 1969).
Lima - accuse me of having killed and Virgil have tortured his little son (then four months old). I was not there and demonstrate for all to see (gets up and picks up a book with the Army records of all your changes and transfer throughout his career). Those are my leaves change military. You can look there. I was transferred to the Operation Bandeirante on October 3. The Virgil was killed on September 29.
iG - There was in the military the moral question that torture violates human rights?
Lima - Torture respect human rights and terrorism.
iG - An error justifies the other?
Lima - are linked. Torture in Brazil was the thing that was commonplace. Every station had its stick-to-parrot. To say that torture is no lie, but say that every delegate is also a tortured lie. Depended on the character. The charges can not be cast adrift. They have to be specific. I know who was tortured and not only in the DOI-CODI, was also in DOPS. But I know not mean I can stop and not that I tortured too. Torture is valid to exchange time for action.
IG - Who tortured?
Lima - The greatest of them all is dead and you can not speak of the dead.
iG - Did you ever questioned the practice of torture in the DOI-CODI?
Lima - not because there was a responsible, the commander of the DOI-CODI. I did my part. If I were ordered to torture, not torturaria. Others do not. Fleury (delegate Sergio Paranhos Fleury), for example, to give a smile.

ОБВИНЯЕМЫХ Прямой Tranquilo

Пенсионер заявил, что военные И.Г., он является одной из целей MPF участием в смерти шести человек и пытки еще 20 (Ricardo Gallardo)
Обвиняемый федеральных прокуроров принять участие в убийстве шести политических заключенных и пытки 20 человек, в том числе избранный президент Руссефф, подполковник в отставке из армии Mauricio Lima Лопес описывает насилие в застенках диктатуры как нечто «тривиальной». На той же неделе, что президент Луис Инасиу Лула да Силва заявил, что мучитель его преемника сегодня может быть подвергнут пыткам, в докладе И.Г. нашли военные веду тихую жизнь на пляже Астурии, в Guaruja.
Человек по имени, как мучитель Дилма попросил не фотографировать и позволила просто играет свою изображение, снятое во время
Сейчас на пенсии, он говорит тихо о событиях, сообщили в 39 документов, которые легли в основу общественной гражданский иск подан в 4-й гражданский суд против него. Отвечая на вопрос о применении пыток на допросах, заявил: "Это было то, что было обычным явлением", сказал он. Несмотря на то, отрицал наличие пыткам Дилма, он признает, что он имел контакт с избранным президентом. Он говорит, что в то время не мог даже представить, я хотел бы видеть ее в офис. "Если бы я знал то, что она будет президентом бы спросил:" Запишите мое имя там. Я хорошо, "говорит он.
Иск подан против Ли и других подсудимых - два бывших солдат и бывший сотрудник милиции - относится к периоду между 1969 и 1970 года, когда Ли и трое других обвиняемых вошел в состав операции и Bandeirante DOI-CODI, как героев политических репрессий во времена военной диктатуры (1964-1985 годы). Среди документов, является свидетельством Дилма военной юстиции в 1970 году, в котором она ищет проблемы в Лиме в качестве свидетеля обвинения, утверждая, что тогда армейский капитан был мучитель, и поэтому не может давать показания.

"К имена знают только свидетелем Маурисио Лопес Лиме,
​​и не может рассматриваться в качестве такого свидетеля, так как он был одним из мучителей операции Bandeirante", говорит свидетельство Дилма. В то время в возрасте 22 лет, день избранный президент был арестован за участие в организации левого VAR-Palmares. Дилма В то же под присягой обвиняет двух человек команды Лима угрожать ее новой пытки, когда она была переведена в тюрьму Tiradentes. Она попросила, если они имели законного разрешения быть там и получил следующий ответ: "Вы увидите, что есть в операции Bandeirante судья".
MPF открытого выступления против
Другие заявления делают более очевидным действия военных, таких как доминиканский монах Тито де Аленкар Лима, Фрей Тито, подробно описывает, как он был помещен в палку к ара и пытали группа из шести человек во главе с Лиме. "Капитан Морис пришел ко мне в сопровождении двух полицейских и сказал мне:« Теперь вы будете знать филиал ада ", говорит выдержка из интервью, в котором он утверждает, что получил поражение электрическим током и" телефоны "(тапас уха), среди прочих атак.
Бывший капитан армии также обвиняется в причастности к гибели Virgilio Гомес да Силва, "Jonas" ALN, другой левой организации, которая выступает за вооруженную борьбу. Лидер похищение посла США Чарльза Elbrick, Вергилий был убит в DOI-CODI, как официально признано в армию в 2009 году. Лима отрицает все обвинения. Читайте ниже выдержки из интервью с И. Лима:
Г. - Как пришел домой и думаю, что девушка, как Дилма, двадцатые годы, подвергались пыткам?
Лима - никогда не говорил об этом никому, но разработан интересный процесс. Я больше не вернулся домой, потому что он думал, что он может умереть в любой момент. Я изолировать себя от друзей и людей, которых я любил. Сколько еще может быть намного лучше. Это было спасение.
И.Г. - Вы бежали из этого следует?
Лима - Возьмите реальности. Я знал, что умрет. Моя жена изучала историю в USP. Она знала, почему я был третьим в DOI-CODI. Коллеги все это прижилось.
IG - Потом была пытка, которая беспокоит его?
Лима - Это все равно, конечно, в джунглях. В первый день вы видите змей во всем мире. На третий день вы заботитесь. После десятого дня змея перед вами, и вы удар. Это адаптация.
IG - стало общим вещь?
Лима - Да
И.Г. - А теперь что вы думаете об этом?
Лима - Я думаю, что это только пытали всех. Разве правильно. Я рисковал своей жизнью. Я не боялся. Я дрожал нет, нет. И не пытали всех. Принадлежал к организации грустно, да. DOI-CODI операция Bandeirante группы были грустные.
И.Г. - Вы ищете в Бразилии Никогда Проект для подготовки своей защиты?
Лима - Да, первый, потому что я не знаю, кто говорил. Я привожу друг друга "слышал".
IG - MPF относится к его участию в применении пыток в отношении 16 человек.
Лима - Так и есть. Другое, что заставляет меня обозленный покинуть это Диоген Дом Арруда (бывший глава PCB застрял в то же время, что Дилма). Он делает подключение, как палач и его CCC (Истребитель командования на коммунистов, крайне правых, которые служили в 60 и 70). У меня был неудачный ссоры CCC. Я назвал их "эти двери гаража детей стрелков". Это то, что они были. Никогда ничего с КТС.
IG - Господь также обвиняется в участии в смерти Virgilio Гомес да Силва ("Jonas" ALN, DOI-CODI убит 29 сентября, 1969).
Лима - обвинить меня в убийстве и Вергилия пытали его маленький сын (тогда четыре месяца). Меня там не было и продемонстрировать на всеобщее обозрение (встает и берет в руки книгу с записями армии все изменения и передачи на протяжении всей своей карьеры). Таковы мои листья меняют военные. Вы можете посмотреть здесь. Я был переведен в операции Bandeirante 3 октября. Вергилий был убит 29 сентября.
И.Г. - Был в армии моральный вопрос, что применение пыток нарушает права человека?
Лима - Пытки уважения прав человека и терроризма.
IG - ошибка оправдывает другое?
Лима - связаны между собой. Пытки в Бразилии было то, что было обычным явлением. Каждая станция имеет свои палочки к попугаю. Сказать, что пытки не ложь, но сказать, что каждый делегат также пытали ложью. Зависит от характера. Расходы не могут быть брошенными на произвол судьбы. Они должны быть конкретными. Я знаю, кто был подвергнут пыткам и не только в DOI-CODI, также в DOPS. Но я знаю, не означает, что я могу остановиться и не пытали, что я тоже. Пытки являются действительными для обмена время для действий.
ИГ - кто пытал?
Лима - Самая большая из них умер, и вы не можете говорить о мертвых.
И.Г. - Вы когда-нибудь сомнение практику применения пыток в DOI-CODI?
Лима - не потому, что был ответственным, командир DOI-CODI. Я со своей стороны. Если бы я приказал пытать, не torturaria. Другие этого не делают. Флери (делегат Sergio Параньос Флери), например, дать улыбкой.

ANGEKLAGTEN LIVE-TRANQUILO

Pensionierte Militärs, sagte der IG, ist er unter den Zielvorgaben MPF
​​durch die Teilnahme an den Tod von sechs Personen und quälen den anderen 20 (Ricardo Gallardo)
Angeklagt durch Bundesstaatsanwälte in der Tötung von sechs politischen Gefangenen zu beteiligen und zu foltern 20 Personen, darunter der Präsident-elect Rousseff, der pensionierte Oberstleutnant aus der Armee Mauricio Lima Lopes beschreibt die Gewalt in den Kerkern der Diktatur als etwas "trivial". In der gleichen Woche, dass Präsident Luiz Inácio Lula da Silva sagte, dass die Peiniger seines Nachfolgers heute gefoltert werden könnte, fand der Bericht der IG das Militär führt ein ruhiges Leben am Strand von Asturien, in Guaruja.
Der Mensch als Folterer von Dilma namens fragte nicht, fotografiert zu werden und darf nur spielen, ihr Image zu der Zeit getroffen
Jetzt im Ruhestand, spricht er leise über die Ereignisse in 39 Zeitungen, die die Grundlage für die öffentliche Zivilklage im 4. Zivilgericht gegen ihn eingereicht gebildet berichtet. Auf die Frage nach der Anwendung von Folter bei Verhören, sagte: "Es war das Ding, das alltäglich war", sagte er. Zwar leugnete, gefoltert Dilma, gesteht er, er habe Kontakt mit der designierte Präsident. Er sagt, dass zu der Zeit konnte sich nicht einmal vorstellen, würde ich sehe sie im Amt. "Wenn ich dann wusste, sie würde Präsident müsste fragte:" Schreiben Sie meinen Namen da. Ich bin schön '", sagt er.
Die Klage gegen Lee und die anderen Angeklagten eingereicht - zwei Ex-Soldaten und ein ehemaliger Polizist - bezieht sich auf den Zeitraum zwischen 1969 und 1970, als Lee und drei weitere Angeklagte das Personal der Operation Bandeirante und dem DOI-CODI verbunden, die beiden Protagonisten der politischen Repression während der Militärdiktatur (1964-1985). Unter den Dokumenten ist ein Zeugnis für die Dilma Militärjustiz im Jahr 1970, in der sie sucht die Herausforderung von Lima als Zeuge der Anklage und behauptete, dass der damalige Hauptmann ein Folterer war, und konnte deshalb nicht aussagen.

"Durch den Namen kenne nur den Zeugen Mauricio Lopes Lima, und als solche kann nicht als Zeuge angesehen werden, da er einer der Folterknechte der Operation Bandeirante war", sagt das Zeugnis von Dilma. Zu dem Zeitpunkt 22 Jahre alt, der Tag der designierte Präsident wurde für die Teilnahme an der Organisation des linken VAR-Palmares. Dilma In der gleichen Erklärung beschuldigt zwei Männer von Lima zu ihrem neuen Team die Androhung von Folter, wenn sie zu den Gefängnis Tiradentes übertragen wurde festgenommen. Sie würde gefragt, ob sie rechtliche Genehmigung gehabt zu haben da zu sein und erhielt die folgende Antwort: "Sie werden sehen, was da ist, in Betrieb Bandeirante Richter."
MPF offenen Vorgehen gegen
Andere Aussagen machen deutlicher, die Aktion des Militärs, wie die Dominikaner Tito de Alencar Lima, Frei Tito, beschreibt detailliert, wie es in der Stick-to-Ara platziert wurde und gefoltert von einem Team von sechs Männern von Lima geleitet. "Captain Maurice kam für mich in der Gesellschaft von zwei Polizisten und erzählte mir:" Sie werden jetzt wissen, die Filiale der Hölle '", sagt ein Auszug aus dem Interview, in dem er behauptet, erhielt Elektroschocks und" Telefone "(Tapas haben Ohr), unter anderem Angriffe.
Der ehemalige Hauptmann der Armee wird auch vorgeworfen, am Tod von Virgilio Gomes da Silva, "Jonas" der ALN, ein anderer linke Organisation, die den bewaffneten Kampf befürworteten teilgenommen zu haben. Geschäftsleiter der Entführung von US-Botschafter Charles Elbrick, Vergil in der DOI-CODI ermordet wurde, als offiziell die Armee im Jahr 2009 zugelassen. Lima hat alle Vorwürfe zurück. Lesen Sie unten Auszüge aus dem Interview mit der IG Lima:
iG - Wie wurde nach Hause kommen und denken, dass ein Mädchen wie Dilma, die zwanziger Jahre, gefoltert worden waren?
Lima - nie erwähnt, kann es jedem, sondern entwickelt ein interessanter Prozess. Ich nicht mehr nach Hause kam, weil er dachte, er könnte jeden Moment sterben. Ich mich isoliert von Freunden und Menschen, die ich mochte. Wie viel mehr könnte viel besser sein. Es war eine Flucht.
iG - Sie floh aus, dass?
Lima - Take a Realität. Ich wusste, ich würde sterben. Meine Frau studierte Geschichte an der USP. Sie wusste, warum ich im dritten DOI-CODI war. Die Kollegen von all dem stecken.
iG - Dann gab es die Folter, das stört ihn wurde?
Lima - Es ist wie ein Gang in den Dschungel. Am ersten Tag sehen Sie Schlangen überall. Am dritten Tag Sie kümmern. Nach der zehnte Tag ist eine Schlange vor Ihnen und Sie zu kicken. Es ist Anpassung.
iG - ein Gemeinplatz geworden, was?
Lima - Ja
iG - Und jetzt, was du daran gedacht?
Lima - ich denke, es ist nur jemand gefoltert. Haben das Richtige getan. Ich riskierte mein Leben. Ich hatte keine Angst. Ich zitterte nicht, nein. Und nicht jemand gefoltert. Gehörte einer Organisation traurig, ja. Die DOI-CODI, Betrieb Bandeirante Gruppen waren traurig.
iG - Sie sind in Brasilien suchen Never Again Projekt zur Vorbereitung seiner Verteidigung?
Lima - Ja Erstens, weil ich nicht weiß, wer sprach. Ich zitiere jeweils anderen "gehört."
iG - Der MPF bezieht sich auf seine Teilnahme an Folter gegen 16 Personen.
Lima - Es ist. Eine andere, die mich angepisst bekommt ist das Haus Diogenes Arruda (ehemaliger Leiter der PCB in der gleichen Zeit, dass Dilma stecken). Er macht meine Verbindung als Folterknecht und sein CCC (Fighter Command auf der Kommunisten, extreme Rechte, die in der 60 und 70 Uhr). Ich hatte eine unglückliche Streit CCC. Ich bezeichnete sie als "diese Kinder Schützen Garagentor." Das ist, was sie waren. Hatte nie etwas mit dem CCC.
iG - Der Herr ist auch die Teilnahme an dem Tod von Virgilio Gomes da Silva (der "Jonas" der ALN, die DOI-CODI am 29. September ums Leben, 1969) vorgeworfen.
Lima - werfen mir vor, getötet zu haben und Virgil haben seinen kleinen Sohn (damals 4 Monate alt) gefoltert. Ich war nicht da und demonstrieren für alle zu sehen (steht auf und holt ein Buch mit den Aufzeichnungen der Armee alle Ihre Änderungen und Transfer während seiner gesamten Karriere). Das sind meine Blätter Änderung Militär. Sie können sich dort. Ich war zu der Operation Bandeirante am 3. Oktober verlegt. Der Vergil wurde am 29. September ums Leben.
iG - Es war beim Militär die moralische Frage, dass Folter Menschenrechte verletzt?
Lima - Folter Achtung der Menschenrechte und Terrorismus.
iG - Ein Fehler rechtfertigt die anderen?
Lima - verbunden sind. Folter in Brasilien war die Sache, die alltäglich war. Jede Station hatte ihre Stick-to-Papagei. Zu sagen, dass Folter keine Lüge ist, aber sagen, dass jeder Delegierte ist auch eine Lüge gefoltert. Hing vom Charakter. Die Gebühren können nicht hilflos gewirkt werden. Sie haben um genau zu sein. Ich weiß, wer gefoltert wurde, und nicht nur in der DOI-CODI, war auch in DOPS. Aber ich weiß nicht, ich kann aufhören und nicht, dass ich gefoltert zu. Folter ist gültig bis Zeit zum Handeln auszutauschen.
IG - Wer gefoltert?
Lima - Die größte von ihnen ist tot und man kann nicht von den Toten zu sprechen.
iG - Haben Sie jemals Zweifel an der Praxis der Folter in der DOI-CODI?
Lima - nicht weil es einen Verantwortlichen, der Kommandeur des DOI-CODI. Ich habe meinen Teil. Wenn ich wurde befohlen, zu foltern, nicht torturaria. Andere nicht. Fleury (Delegierter Sergio Paranhos Fleury), zum Beispiel zu geben, ein Lächeln.

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