sábado, 8 de dezembro de 2012

QUADRILHA DO PASTOR

Agência O Dia POR  Adriana Cruz/Rozane Monteiro

Rio -  São Paulo e Minas Gerais estão na rota do esquema de adulteração de combustível montado pela milícia Liga da Justiça, da qual, segundo a Polícia Civil e o Ministério Público, faz parte o pastor Dijanio Aires Diniz (foto), um dos fundadores da Igreja Pentecostal Deus é a Luz.

Gravações telefônicas, autorizadas pela Justiça, revelam que o grupo comprou 2.500 lacres de bomba de gasolina em Belo Horizonte, negócio feito por Cleber Oliveira da Sila. O bando movimentaria mais de R$ 500 mil por mês.

Na quinta-feira, 11 integrantes da quadrilha, entre eles o pastor, foram presos. “Além de ter transformado a igreja no escritório de agiotagem do bando, o pastor se beneficiava dos negócios do combustível realizado pela quadrilha”, explicou o delegado Alexandre Capote, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas e Inquéritos Especiais (Draco-IE).


Dois postos da quadrilha que funcionam na Zona Oeste podem ser fechados. O pedido à Justiça está sendo analisado pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

“A adulteração de combustível, com a utilização de notas fiscais fraudadas para dar aparência de legalidade, mostra um novo tentáculo dos milicianos”, analisou Capote. Até esta sexta-feira à noite, Cleber e André Marcelo Botti de Andrade continuavam foragidos. O grupo atuava em Campo Grande, Cosmos, Inhoaíba, Paciência e Santíssimo.

Ligado ao ex-PM Toni Ângelo, foragido, o grupo foi denunciado à Justiça por formação de quadrilha e bando armado. O pastor responderá ainda pelos crimes de extorsão e agiotagem.

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