Agência O Dia POR Adriana
Cruz/Rozane Monteiro
Rio - São Paulo e Minas Gerais estão na rota do
esquema de adulteração de combustível montado pela milícia Liga da Justiça, da
qual, segundo a Polícia Civil e o Ministério Público, faz parte o pastor
Dijanio Aires Diniz (foto), um dos fundadores da Igreja Pentecostal Deus é a Luz.
Gravações telefônicas,
autorizadas pela Justiça, revelam que o grupo comprou 2.500 lacres de bomba de
gasolina em Belo Horizonte, negócio feito por Cleber Oliveira da Sila. O bando
movimentaria mais de R$ 500 mil por mês.
Na quinta-feira, 11
integrantes da quadrilha, entre eles o pastor, foram presos. “Além de ter
transformado a igreja no escritório de agiotagem do bando, o pastor se
beneficiava dos negócios do combustível realizado pela quadrilha”, explicou o
delegado Alexandre Capote, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas e
Inquéritos Especiais (Draco-IE).
Dois postos da
quadrilha que funcionam na Zona Oeste podem ser fechados. O pedido à Justiça
está sendo analisado pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate
ao Crime Organizado (Gaeco).
“A adulteração de
combustível, com a utilização de notas fiscais fraudadas para dar aparência de
legalidade, mostra um novo tentáculo dos milicianos”, analisou Capote. Até esta
sexta-feira à noite, Cleber e André Marcelo Botti de Andrade continuavam
foragidos. O grupo atuava em Campo Grande, Cosmos, Inhoaíba, Paciência e
Santíssimo.
Ligado ao ex-PM Toni
Ângelo, foragido, o grupo foi denunciado à Justiça por formação de quadrilha e
bando armado. O pastor responderá ainda pelos crimes de extorsão e agiotagem.
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