terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

BAHIA E ACRE: PARCERIA

Estado do Acre se une à Bahia na prevenção monilíase do cacaueiro
A Bahia ganhou a cooperação da Secretaria da Agricultura do Estado do Acre e 
do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF) daquele estado do
Norte do País nas ações de prevenção à monilíase do cacaueiro, causada pelo
fungo Moniliophthora roreri. Na reunião do Conselho Nacional de Secretários
de Agricultura (Consagri), realizada, nesta quarta-feira, 28, em Rio Branco,
foi assinado Termo de Cooperação Técnica para tentar retardar ou impedir a
entrada doença inexistente no Brasil no território nacional.

A cooperação foi assinada pelos secretários estaduais de Agricultura da
Bahia, Eduardo Salles, presidente do Consagri, e do Acre, Mauro Ribeiro; o
diretor do IDAF, Luiz Augusto Ribeiro do Valle; o diretor geral e o diretor
de Defesa Vegetal da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia
(ADAB), Paulo Emílio Torre e Armando Sá, respectivamente.
A interação institucional entre os dois estados é fundamental para as ações
de prevenção à introdução do fungo, já prospectado pelos pesquisadores do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Ceplac há
cerca de 100 quilômetros da fronteira do Brasil. "Fazer defesa agropecuária
hoje em dia é obrigação de quem tem responsabilidade com a economia tanto do
Estado como do País", disse o secretário Mauro Ribeiro, que relatou
dificuldades para produtores de banana do Acre a partir da entrada da
Sigatoka Negra.

O secretário de Agricultura da Bahia, Eduardo Salles, destacou que a Bahia é
o primeiro estado da Federação a desenvolver um Comitê de Prevenção da
Monilíase, mesmo se considerando ser área de baixo risco. Explicou que
graças à mobilização do setor produtivo e à proatividade do órgão de defesa
agropecuária, das instituições de pesquisa e fomento da lavoura cacaueira
(Mapa/Ceplac/Uesc/EBDA/Faeb e IF Baiano), se conseguiu articular os diversos
atores na elaboração do Plano de Contingência, instrumento legal de
prevenção e controle.
Ao ser instalado em junho do ano passado, no auditório do Centro de
Pesquisas do Cacau (Cepec), na Superintendência da Ceplac na Bahia, o Comitê
Técnico de Prevenção à Monilíase do Cacaueiro pediu maior proatividade dos
principais atores da cadeia produtiva quanto à prevenção da praga maior
vigilância, fiscalização de pessoal e inspeção na movimentação de material
botânico em pontos da linha de fronteira do Brasil, especialmente Acre,
Amazonas, Rondônia e Mato Grosso, que também produzem cacau, com países
sul-americanos.

A monilíase é uma doença devastadora para o cacaueiro, principalmente por
atacar os frutos ocasionando danos econômicos entre 50 e 100% aos
produtores. Há pelo menos 200 anos há registros no Equador de onde teria se
disseminado para Peru, Colômbia e Venezuela, na América do Sul; Panamá,
Costa Rica, Nicarágua, Honduras e Belize, na América Central. (ACS/Ceplac/Sueba
- Luiz Conceição)

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