domingo, 5 de fevereiro de 2012

UM ACHADO HISTÓRICO

Bathonea, descoberta em 2007, pode revelar uma parte desconhecida da história de Constantinopla (The New York Times)

Por mil e seiscentos anos, Istambul, a maior da Turquia, foi construída e destruída, erigida e apagada, à medida que as sucessivas camadas da vida floresceram sobre suas sete colinas.

Hoje, Istambul é uma cidade de treze milhões de habitantes que se espalhou para muito além dessas colinas. E, numa península há muito tempo cultivada, avançando sobre o lago Kucukcekmece, vinte quilômetros a oeste do centro da cidade, arqueólogos fizeram uma descoberta extraordinária.

O achado é Bathonea, uma cidade portuária razoavelmente grande de cerca de 200 a.C. Descoberta em 2007, depois de uma seca que baixou o nível do lago, ela tem fornecido uma profusão de relíquias dos séculos IV a VI d.C., período da fundação de Istambul e de sua ascensão como Constantinopla, centro de poder de três impérios sucessivos -- o Romano do Oriente, o Bizantino e o Otomano.

Embora haja alguns registros históricos desse primeiro período, há poucos dos mais preciosos artefatos físicos. As magras amostras da seção de Istambul dos Museus Arqueológicos locais refletem isso, pálidas diante das riquezas da Anatólia, da Mesopotâmia e do Líbano.
Com isso, Bathonea tem o potencial de se tornar uma "biblioteca de Constantinopla", diz Sengul Aydingun, a arqueóloga que fez a descoberta inicial.

Depois que a seca expôs partes de um dique bem preservado de quatro quilômetros, Aydingun e sua equipe logo perceberam que o porto era equipado com docas, construções e um molhe, provavelmente datando do século IV.

Outras descobertas rapidamente se seguiram. Só na última temporada de escavações, os arqueólogos encontraram muros do porto, construções elaboradas, uma enorme cisterna, uma igreja bizantina e estradas de pedra de mais de mil anos de ocupação.



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