segunda-feira, 2 de março de 2009

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Comunidade de Países de Língua Portuguesa
envia delegação à Guiné

(Da EFE)



Lisboa, 2 mar (EFE).- Uma Delegação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) partiu hoje para a Guiné-Bissau, onde na madrugada foi assassinado o presidente João Bernardo Vieira, informou uma fonte da entidade.

A fonte precisou que João Gomes Cravinho, secretário de Estado de Assuntos Exteriores de Portugal, presidirá esta delegação, integrada também pelo secretário-executivo da CPLP, Domingos Simões e o ministro de Assuntos Exteriores de Cabo Verde, José Brito.

A delegação da CPLP deve se reunir nesta terça-feira com representantes do Governo da Guiné-Bissau.

Anteriormente, o primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, tinha anunciado que seu Governo proporia a visita de uma delegação da CPLP à Guiné-Bissau "o mais rápido possível".

Bernardo Vieira foi assassinado na madrugada de hoje por soldados leais ao chefe do Estado-Maior do Exército, general Tagmé Na Wai, também morto ontem à noite em um atentado a bomba.

Os militares da Guiné-Bissau se comprometeram a respeitar as instituições e a Constituição vigentes após os assassinatos de Vieira e Na Wai, segundo a rádio senegalesa "RFM".

Em princípio, o presidente do Parlamento, Raimundo Pereira, deve assumir interinamente o poder por um período de três meses, prazo previsto para convocar eleições presidenciais, segundo a Constituição da Guiné-Bissau.

A Comunidade Econômica dos Estados de África Ocidental (Cedeao) também anunciou hoje que enviará uma delegação de ministros de Exteriores à Guiné-Bissau.

A delegação da Cedeao, que partirá amanhã de Abuja, a capital federal nigeriana, será liderada pelo presidente da Comissão do organismo regional, Mohammed Ibn Chambas, e incluirá os ministros de Exteriores de Burkina Fasso, Cabo Verde, Gâmbia, Nigéria e Senegal.

"A delegação se reunirá com todas as partes interessadas em um esforço por restaurar a confiança entre os setores políticos, a sociedade civil e os serviços de segurança, a fim de que o país possa retornar à normalidade constitucional", indica a Cedeao em comunicado.

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