Oito pessoas envolvidas em crimes contra a ordem
tributária, econômica e contra as relações de consumo continuam presas, desde a
manhã de quinta-feira (10), em Salvador e Feira de Santana, durante uma
operação deflagrada pela força-tarefa composta pela Secretaria da Segurança
Pública, através da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração
Pública (Dececap), Secretaria da Fazenda (Sefaz) e o Ministério Público.
Além de oito mandados de prisão, 18 de busca e
apreensão foram cumpridos na ação que desmantelou um esquema de empresários do
ramo de comércio de bebidas e gêneros alimentícios, que utilizavam “laranjas”
para sonegação de impostos e ocultação de patrimônio. Eles formavam duas
quadrilhas que, em três anos, sonegaram R$7,7 milhões em impostos.
Segundo informou a delegada Débora Freitas, titular da
Dececap, a “Operação Baco” resultou nas prisões de Analice Araújo Santos da
Paixão, Jackson Borges Sapucaia, Luiz da Rosa Sapucaia, Edielson Bispo dos
Santos, Lea Pereira do Nascimento, Junilia Silva Barbosa, Jordânia e Juliana
Barbosa Santos. Também com prisão temporária decretada pela Justiça,
Noilton Macedo da Paixão, não foi localizado e vem sendo procurado.
Cento e vinte servidores da Sefaz, da Polícia Civil,
além de dois representantes do Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação
Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária,
Econômica, as Relações de Consumo e a Economia Popular (Gaesf), participaram da
operação, que mobilizou 37 viaturas policiais.
Investigação
A ação da força-tarefa foi deflagrada após dois anos
de investigação sobre os custodiados que, embora divididos em duas quadrilhas,
atuavam com o mesmo modus operandi, em Lauro de Freitas e Feira de Santana.
Os golpistas adquiriam mercadorias em nome de empresas de “laranjas” e
com endereços na Bahia e outros estados.
“Quando as aquisições são feitas por empresas com domicílio
fiscal em outra unidade da Federação, a burla ao fisco é total. As mercadorias
são internalizadas no estado da Bahia sem pagamento do ICMS, permitindo a
oferta por preços abaixo da tabela pelos demais comerciantes, configurando a
prática de sonegação fiscal e de concorrência desleal”, explicou a titular da
Dececap. Os oito presos ficarão custodiados na carceragem da Polinter, no
Complexo Policial dos Barris, à disposição da Justiça.
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