Atentado suicida na Somália faz pelo menos 70 mortos
Um atentado suicida contra um complexo ministerial em Mogadíscio provocou pelo menos 70 mortos e 150 feridos.
O ataque é já o atentado que mais mortes causou nos últimos anos na capital do país, e já foi reivindicado pelo grupo islamita Al-Shabab desde sua retirada da cidade há dois meses.
O atentado ocorreu no momento em que estudantes faziam uma fila na entrada do edifício para receber uma bolsa de ajuda do governo turco, segundo fontes locais.
Ahmed Mohamed, funcionário do Ministério da Saúde, confirmou que o ataque foi praticado por um terrorista, que levou um camião cheio de explosivos a embater no edifício.
Abdiqadir Muhyadin, que trabalha no Ministério da Informação, comentou que, a princípio, o camião parecia ter ficado descontrolado, tendo ido embater na barreira de segurança e explodindo depois junto ao portão. «Dúzias de corpos ficaram espalhados pela área», disse.
O objectivo era atingir um prédio que abriga quatro ministérios da Somália. O edifício foi parcialmente destruído e vários carros estacionados nas proximidades incendiaram-se.
Além de explosivos o camião-bomba estaria carregado de combustível.
A deflagração arrasou lojas a toda a volta e espalhou destroços centenas de metros em redor.
Os A-Shabab reivindicaram de imediato o atentado: «Um dos nossos combatentes sacrificou-se para matar os líderes do governo federal de transição, soldados da União Africana e informantes que estavam no local», declarou à AFP por telefone um líder shebab, que não se identificou.
Forçados a deixar a capital no início de Agosto e outras várias localidades ao sul da Somália, que estavam sob seu controle devido a uma ofensiva pró-governamental lançada em Fevereiro, os Al-Shabab realizaram vários contra-ataques desde então.
O mesmo grupo também reivindicou o atentado duplo que deixou 76 mortos em Julho de 2010 na capital da Uganda Kampala, a primeira acção fora da Somália.
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