Na noite de 24 a 25 de Junho, poucas horas depois de deixar Luanda com destino a São Paulo, o piloto do jacto executivo Falcon 7X avisou por rádio ao gerente do hangar da Lider Táxi Aéreo no Recife:
- Temos a bordo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ele passa mal. Faremos uma escala nessa cidade. Peço que tomem as providências necessárias.
O jacto estava a 50 minutos de vôo do Recife, porta de entrada no Brasil para vôos particulares vindos de África. A escala do Falcon era prevista. Seria abastecido e em seguida descolaria para o aeroporto de Congonhas, o seu destino final.
Fernando Henrique participara em Luanda de um seminário sobre o desenvolvimento de África e novas oportunidades de negócios entre o Brasil e os países do continente.
Alguma coisa que comeu provocou uma séria infeccão intestinal.
Acompanhava-o seu filho Paulo Henrique. Foi ele que do próprio avião acionou um esquema médico de emergência para atender o ex-presidente no aeroporto do Recife.
Quando o Falcon aterrisou já era esperado por um médico, uma ambulância e enfermeiros. O médico atendeu o ex-presidente dentro do próprio avião. E a pedido de Paulo Henrique, seguiu com ele no vôo até São Paulo.
O ex-presidente se recupera no seu apartamento do bairro de Higianópolis. Hoje, assistiu à missa de um ano pela morte de sua ex-mulher, a socióloga Ruth Cardoso. Ela morreu no dia 24 de junho de 2008.
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