JuarezVicentedeCarvalho

POLICIA PRENDE LUTADOR QUE TENTOU MATAR A MULHER

O professor de Educação Física Adalberto França Araújo Filho, que torturou e tentou assassinar sua companheira, a assistente social Luciana Brasileiro Lopo, na residência do casal, em Vilas do Atlântico, na última sexta-feira (26), foi preso hoje à tarde (29) por uma equipe da Coordenação de Operações Especiais da Polícia Civil (COE), na região de Simões Filho. Cumprindo mandado de prisão expedido pela Justiça, policiais da COE conduziram o agressor para o prédio da Polícia Civil, na Praça da Piedade, onde ele foi interrogado, por volta de 18 horas, pela delegada Jamila Cidade, titular da 26ª CP (Vila de Abrantes).

A captura de Adalberto, que é praticante de luta marcial, aconteceu depois de a equipe da COE localizar em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, um veículo Vectra de cor preta que o conduzia. Percebendo que uma viatura descaraterizada o seguia, Adalberto decidiu entrar no pátio da 22ª Delegacia, onde os policiais do COE lhe apresentaram o mandado de prisão temporária, e o trouxeram para Salvador. Ele ficará custodiado na Polinter.

Tortura

Após atirar na genitália de Luciana, que também teve as costas queimadas com leite fervente, Adalberto fugiu do local do crime num veículo Renault Clio de placa JPH-7449, registrado em nome da vítima. Praticante de Jiu-Jitsu, ele começou a agredir a mulher por volta de 22 horas da última sexta-feira, exigindo que ela confessasse que o traía. Depois de amarrar a vítima na cama do casal passou a espancá-la, tendo também derramado leite quente nas costas e em seu pescoço provocando queimaduras.

Utilizando uma faca, fez diversos cortes no corpo e rosto da companheira, quebrou-lhe os pulsos além de deflagrar um tiro e despejar óleo de carro na vagina de Luciana. Testemunhas ouvidas pela polícia declararam que Adalberto chegou a obrigou a mulher a comer suas fezes. Após quatro horas de tortura, o agressor entrou em contato com familiares da vítima, pedindo que fossem buscá-la antes que ele a matasse.

Socorrida por uma ambulância do SAMU, a assistente social foi levada para o Hospital Geral do Estado (HGE), sendo posteriormente transferida para o Hospital Espanhol. Ela não corre risco de morte. Testemunhas ouvidas na 34ª CP informaram que o lutador agredia freqüentemente a companheira, com quem convivia há três anos. Apesar das constantes agressões físicas, ela nunca registrou queixa na polícia.