segunda-feira, 1 de agosto de 2011

ETAPA DE PLANO DE GESTÃO FOI ENCERRADA
Plano de Gestão incorpora ação e diretrizes da pesquisa e extensão

Foi encerrada na sexta-feira, 29, no Centro de Treinamento da Superintendência de Desenvolvimento da Região Cacaueira da Bahia, na rodovia Ilhéus  Itabuna, a primeira etapa de apresentação do plano corporativo do Planejamento de Gestão Estratégica da Ceplac 2011-2022, quando foram incorporadas as diretrizes da pesquisa e extensão às ações institucionais. Eventos semelhantes já foram realizados nas Superintendências da Ceplac no Pará e Rondônia, nas Gerências do Amazonas, Espírito Santo e Mato Grosso e na Diretoria, no Distrito Federal, desde o mês de junho passado.
O chefe do Centro de Extensão (Cenex), Sérgio Murilo Correia Menezes, afirma que de segunda-feira a quarta-feira foi discutida a situação atual dos serviços de assistência técnica e extensão rural, principalmente após as prioridades definidas pela Lei de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER). Também se avaliou público-alvo, metodologia e nova estrutura para o Cenex, já que não há mais o mesmo número de profissionais e volume de recursos do passado, além do alinhamento das diretrizes da extensão ao Planejamento de Gestão Estratégica, que concentra missão e visão de futuro da instituição, e o Plano Plurianual do Governo Federal 20122015.
Já o chefe do Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec), Adonias Castro Virgens Filho, diz que está se associando diretrizes aos objetivos estratégicos pela necessidade de a Ceplac atuar fortemente no desenvolvimento de variedades clonais de cacaueiros resistentes e produtivos, com ênfase na qualidade, e do produtor de cacau passar a se utilizar de insumos de menor impacto ambiental e maior produtividade e tecnologias que facilitem redução de custos e mais benefícios. Além disso, o produtor também deverá absorver conhecimentos tecnológicos e conquistar mercado com agregação de valor, a partir de estudos sociológicos e análises de conjuntura e competitividade do mercado.
Na área de fitossanidade Castro Filho defende a realização estudos pelo Cepec visando o manejo integrado com menos insumos químicos e uma estratégia associada ao melhoramento genético e controle biológico. “A Ceplac está mantendo diálogo com a sociedade, com os produtores, extensionistas e integrando seus pesquisadores para que se aponte o farol em direção ao futuro, inclusive com a utilização de ferramentas como bioinformática e biotecnologia e recursos humanos especializados”, resumiu o chefe do Cepec.
Para a Coordenação-Geral de Gestão Estratégica da Ceplac, as diretrizes da pesquisa e extensão rural precisavam ser alinhadas ao Plano Plurianual (PPA) 2012  2015, recentemente discutido com o Governo Federal, e ao Plano de Gestão 2011 2022 em elaboração. “Fizemos alinhamento daquilo pensado para a Ceplac com as discussões com o Governo no âmbito do PPA, que é um ciclo de planejamento de quatro anos. Em paralelo, ajustamos as diretrizes da pesquisa e da extensão em fina sintonia”, afirma o coordenador Elieser Barros Correia.
Elieser esclarece que nesse cenário se aproveita a experiência da Ceplac ao longo dos anos e se agrega novas demandas atendendo à orientação do Governo de integração de políticas na gestão pública federal junto a estados e municípios. “Com os ajustes, desejamos que os serviços prestados pela Ceplac, ainda que se tenha dificuldades de pessoal e de recursos orçamentários, seja de melhor qualidade para atender ao produtor rural, as comunidades e, especialmente, a agricultura familiar, que é majoritária nas ações da instituição”, assinala.
O coordenador de Gestão disse ainda que desenvolvimento territorial, inclusão social e produtiva passarão a ser diretrizes institucionais, já que antes eram políticas integradas às ações com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e outros entes governamentais nos Estados onde a Ceplac atua. Mecanismos como o associativismo rural e o cooperativismo serão trabalhados ainda mais fortemente pela instituição para agregação de valor não só com a criação de agroindústrias de polpa, chocolate e de outros produtos da agricultura, mas na busca da qualidade e certificação.
A partir do mês de agosto, segundo anuncia Elieser Correia, serão elaborados planos descentralizados das unidades da Ceplac nos Estados. “Até o mês de novembro faremos a discussão das ações para melhorar a qualidade dos serviços que a Ceplac presta às populações das regiões produtoras de cacau e promover o desenvolvimento rural sustentável. O comprometimento estará de acordo com a legitimação das conferências que contaram com a representação dos segmentos da sociedade, incluindo produtores rurais, territórios, entidades de classe e parceiros”, concluiu.

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