terça-feira, 14 de julho de 2009

GOVERNO FAZ ESQUEMA E ELEGE PRESIDENTE E RELATOR DA CPI DA
PETROBRÁS QUEBRANDO UMA TRADIÇÃO HISTÓRICA NO SENADO

O que o presidente quer realmente é se livrar das pesadas acusaçõs da oposição

Foi instalada nesta terça-feira (14) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. Conforme já previa a própria oposição, a base do governo conseguiu indicar o presidente e o relator da comissão: respectivamente, os senadores João Pedro ( foto- PT-AM) e Romero Jucá (PMDB-RR). Assim que foi eleito, João Pedro anunciou que a próxima reunião do colegiado ocorrerá no dia 6 de agosto, logo após o recesso.

Os senadores Alvaro Dias (PSDB-PR), Arthur Virgílio (PSDB-AM), Sérgio Guerra (PSDB-PE) e José Agripino (DEM-RN) criticaram a base do governo por acumular os cargos de presidente e relator. Eles argumentaram que haveria uma tradição na Casa segundo a qual o comando das CPIs seria dividido com a oposição. Para Alvaro Dias, "esse desrespeito à tradição faz da comissão uma CPI chapa-branca". Já Agripino avaliou que o empenho do governo em acumular esses cargos revela "seu temor quanto às possíveis conclusões das investigações a serem feitas".

Ao contestar esses parlamentares, o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), declarou que essa tradição nunca existiu. Ele lembrou aos colegas que durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso o PT não ocupou a relatoria de nenhuma CPI.
João Pedro foi eleito com 8 votos, enquanto o candidato da oposição, Alvaro Dias, recebeu 3 votos. A primeira decisão de João Pedro, após ser confirmado no cargo, foi utilizar sua prerrogativa de presidente da CPI para indicar Romero Jucá como relator da comissão. Companheiro de chapa de João Pedro, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) foi eleito vice-presidente da CPI. (Ricardo Koiti Koshimizu / Agência Senado)

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