segunda-feira, 6 de julho de 2009

NOVO CAMPUS DA FEDERAL DEPENDE DE FORÇA POLÍTICA

O campus avançado da Universidade Federal da Bahia (Ufba) em Itabuna pode se tornar viável, desde que haja um consenso regional em torno da proposta e força política para superar as diversas etapas até sua criação. Esse posicionamento foi manifestado na sessão especial realizada nesta segunda-feira (06), na Câmara de Vereadores de Itabuna, pelo reitor da Ufba, Naomar Almeida Filho.

Sugerida pelo vereador itabunense Wenceslau Júnior (PCdoB), a extensão da Ufba já conta com o apoio da Associação dos Municípios do Sul, Extremo-Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc) e dos deputados federais Alice Portugal (PCdoB) e Geraldo Simões (PT), além do presidente da Câmara Municipal de Itabuna, vereador Clóvis Loiola de Freitas (PPS).

Wenceslau chamou atenção para a carência regional de vagas no ensino superior. A Uesc, situada na rodovia Ilhéus – Itabuna, é a única universidade pública numa microrregião composta por 41 municípios e que possui cerca de 1,1 milhão de habitantes. E lembrou que o sul da Bahia está recebendo investimentos que vão exigir mão-de-obra qualificada. “Refiro-me ao Complexo Porto Sul, ao novo aeroporto de Ilhéus e ao Gasene, que vão mudar completamente o perfil socioeconômico da região”, afirmou.

Naomar Almeida Filho criticou o Congresso, por não se dedicar a discutir uma proposta de reforma universitária e enfatizou que, não obstante à necessidade regional de formar mão-de-obra qualificada, o papel da universidade vai além da produção de técnicos e profissionais. “A universidade deve produzir inovações tecnológicas, artigos científicos, patentes, dedicar-se à arte e à cultura e fortalecer uma identidade regional”, salientou.

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