quinta-feira, 28 de maio de 2009

COREIA DO NORTE ESTÁ SENDO VIGIADA DEPOIS DE AMEAÇAS




As forças militares conjuntas da Coreia do Sul e dos Estados Unidos elevaram seu nível de alerta militar de 1 para 2 nesta quinta-feira (28), após a Coreia do Norte ter suspendido o armistício firmado em 1953 entre as duas Coreias , informou o ministério sul-coreano da Defesa. "A vigilância sobre a Coreia do Norte será reforçada com aviões e a mobilização de pessoal", disse o porta-voz do ministério sul-coreano da Defesa, Won Tae-Jae.

O regime comunista realizou nesta semana uma série de medidas provocativas raramente vistas nesses mais de 50 anos, o que inclui ameaças de guerra, lançamentos de mísseis e um teste com arma nuclear, o segundo da sua história.

PREOCUPAÇÃO

Navios militares sul-coreanos passam por barco de pesca durante patrulhaa próximo à Ilha de Yeonpyeong, no Mar Amarelo, que já foi palco de batalhas entre as duas Coreias. (Foto: AFP)

O comando conjunto para os 28,5 mil soldados dos EUA que apoiam os 670 mil militares sul-coreanos elevou seu nível de alerta em um grau, indicando uma séria ameaça por parte da Coreia do Norte, segundo o Estado-Maior do Sul.


A Força Aérea dos EUA deve enviar nos próximos dias 12 caças avançados F-22 Raptor para sua base de Okinawa, no Japão. Um porta-voz disse, no entanto, que a manobra já estava decidida antes do teste norte-coreano.

A Coreia do Norte deve enfrentar novas sanções da ONU por ter violado a proibição de testes que datava de 2006. As grandes potências já chegaram a um acordo preliminar sobre o assunto, que deve ser votado na semana que vem pelo Conselho de Segurança, segundo diplomatas ocidentais.

Provavelmente a ONU tornará mais rígidas as medidas já em vigor, como o embargo de armas e restrições financeiras. Os EUA querem também inspecionar cargas que entram e saem de barco na Coreia do Norte, mas a China estaria relutante.

Analistas dizem que com essas atitudes o líder comunista Kim Jong-il quer consolidar ainda mais seu poder e garantir sua sucessão em prol de um de seus três filhos. Ele estaria com a saúde abalada desde um derrame sofrido em agosto.

Autoridades dos EUA têm pedido à China que pressione a Coreia do Norte a voltar para as negociações sobre seu desarmamento. Muitos analistas, porém, acham que Washington exagera a influência que Pequim tem sobre Pyongyang, bem como a disposição do regime chinês em usar tal influência.

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